quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Natal



Desejo um Feliz Natal a todos os leitores do blog.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

All I want for christmas - Mariah Carey


I don't want a lot for Christmas
There is just one thing I need
I don't care about the presents
Underneath the Christmas tree
I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
All I want for Christmas is you

I don't want a lot for Christmas
There is just one thing I need, and I
Don't care about the presents
Underneath the Christmas tree
I don't need to hang my stocking
There upon the fireplace
Santa Claus won't make me happy
With a toy on Christmas day

I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
All I want for Christmas is you, youuuuu, ooh ooh baby, oh oh

I won't ask for much this Christmas
I won't even wish for snow, and I
I just want to keep on waiting
Underneath the mistletoe

I won't make a list and send it
To the North Pole for Saint Nick
I won't even stay up late
To hear those magic reindeer click

'Cuz I just want you here tonight
Holding on to me so tight
What more can I do
Oh, Baby all I want for Christmas is you, youuuu, ooh baby

All the lights are shining
So brightly everywhere
And the sound of childrens'
Laughter fills the air

And everyone is singing
I hear those sleigh bells ringing
Santa won't you bring me
The one I really need
Won't you please bring my baby to me quickly, yeah

Ohh ohh, I don't want a lot for Christmas
This is all I'm asking for
I just want to see my baby
Standing right outside my door

Ohh ohh, I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
Oh, Baby all I want for Christmas is you, you ooh, baby

All I want for Christmas is you, ooh baby (repeat to fade)

domingo, 21 de dezembro de 2008

J. K. Rowling




J.K.Rowling

Joanne Rowling OBE, conhecida como J. K. Rowling, (Yate, Gloucestershire do Sul, 31 de julho de 1965) é uma escritora britânica de ficção, autora dos sete livros da famosa e premiada série Harry Potter, e de três outros pequenos livros relacionados com Harry Potter.
Desde criança, Joanne gostava de ler contos como O Vento nos Salgueiros e O Cavalinho Branco. Muitos autores influenciaram sua obra, e fizeram nascer em Joanne a vontade latente de tornar-se escritora.

Famosa por escrever em bares, com a primogênita ao lado no carrinho, ela enfrentou uma série de dificuldades até atingir a riqueza e a fama como escritora , passando-se longos anos até que o Harry Potter e a Pedra Filosofal chegasse às prateleiras, com a ajuda de seu agente literário Christopher Little.
Desde então, J.K.Rowling escreveu os outros seis livros que a tornaram rica, e capacitaram-na a contribuir com instituições que ajudam a combater doenças, injustiças e a pobreza.

Os seus livros, traduzidos para sessenta e quatro línguas , venderam mais de 325 milhões de cópias pelo mundo todo, e renderam à autora por volta de 576 milhões de libras, mais ou menos 1 bilhão de dólares, segundo estimativa da Forbes em fevereiro de 2004, tornando-a a primeira pessoa a tornar-se bilionária (em dólares) escrevendo livros.
Já em 2006, ela foi nomeada pela mesma revista como a segunda personalidade feminina mais rica do mundo, atrás apenas da apresentadora da televisão americana Oprah Winfrey.
Em 2007 ficou com a posição 891 dos bilionários do mundo na lista da Forbes e nesse mesmo ano ela ficou com o número 48 da lista da Forbes "100 Celebridades".
Em 2008, apareceu na posição 1064, embora sua fortuna tenha aumentado com o lançamento de Harry Potter e as Relíquias da Morte, o último livro da série.
É notória, entretanto, que J.K.Rowling afirma veementemente no documentário Um ano na vida de J.K.Rowling, dirigido pelo escritor James Runcie, que, embora possua sim muitos milhões, não chega a ter um bilhão de dólares.

Biografia
Nota sobre seu nome
É importante lembrar que o nome da autora é apenas Joanne Rowling, sem nome do meio. Rowling é pronunciado /roulim/ e Joanne é pronunciado /Jouan/ ou /Jouein/. A abreviatura K é de Kathleen, nome de sua avó preferida Kathleen Rowling, e foi escolhida na ocasião do lançamento do primeiro livro da série no Reino Unido, Harry Potter e a Pedra Filosofal, quando Christopher Little, agente literário da autora, e a Bloomsbury, sua editora, temendo que os garotos não leriam um livro escrito por uma mulher, pediram a Joanne que assinasse com suas iniciais, não deixando transparecer que era uma mulher.
Joanne pensou em J.Rowling, mas não atendia ao pedido de duas iniciais da editora e por fim acabou homenageando sua avó, e criando uma assinatura que ficou muito famosa a partir de então.
Essa técnica já havia sido adoptada inclusive por Edith Nesbit, autora que influenciou J.K.Rowling.

Apesar disso, Joanne Rowling diz que todos a chamam de Jo Rowling, e que, quando criança, só era chamada de Joanne quando estavam muito bravos.
O seu nome legal, como casada, é Joanne Murray.

A família Rowling
Peter John Rowling e Anne Volant conheceram-se no início dos anos 60, numa viagem de trem da estação King's Cross em Londres - nome conhecido pelos leitores de Harry Potter - à Escócia, e logo iniciaram um relacionamento.
Ambos eram da Marinha, mas quando Anne ficou grávida Pete conseguiu uma vaga de aprendiz na fábrica Bristol Siddeley, que tornou-se, mais tarde a Rolls-Royce.

Os dois casaram-se em março de 1965, na igreja All Saints Parish Church e mudaram-se para Yate, no condado cerimonial de Gloucestershire e em 31 de Julho do mesmo ano, no Yate General Hospital, nascia Joanne Rowling, que apesar de já ter declarado que nasceu em Chipping Sodbury, não é o que consta na certidão de nascimento,[ apesar de as duas cidades (Yate e Chipping Sodbury) estarem muito próximas: quase não se sabe onde começa uma e termina outra.

Quase dois anos depois, em junho de 1967, Anne teve a segunda filha, Dianne Rowling, que nasceu em casa.

Joanne diz que Dianne sempre foi mais bonita que ela, com seus cabelos e olhos escuros, e que ambas brigavam muito quando crianças, "como dois gatos selvagens presos numa mesma gaiola apertada".

Sobre os avós de Joanne, é um facto que os paternos eram de longe seus favoritos: Kathleen Ada Bulgen Rowling e Ernest Arthur Rowling eram proprietários de uma mercearia na qual as netas brincavam.
Kathleen morreu quando Joanne tinha 9 anos, e deixou uma neta que a amava muito e que mais tarde escolheria seu nome para figurar o "K" de J.K.Rowling.

Os avós maternos das meninas eram Stanley George Volant e Freda Volant (Louisa Caroline Watts Freda Smith, seu nome completo de solteira ), que Joanne descreveu como um "casal infeliz".
Entretanto, os dois avôs, Stanley e Ernie, eram por ela considerados grandes homens, que emprestam seus nomes aos condutores do Nôitibus Andante.

Casas e escolas à moda antiga

Os Rowling inicialmente moraram em Yate, mas quando a cidade avançou, os pais das meninas resolveram mudar-se para Winterbourne, para a rua Nicholls Lane, onde Joanne tomou gosto pela leitura.
Perto da casa dos Rowling morava a família Potter, mas ao contrário do que foi espalhado, não há relação entre o filho Ian Potter e Harry Potter além do nome.

Em 1971, a pequena Joanne escreve seu primeiro livro: Rabbit, a história de um coelho chamado Rabbit, que pega sarampo e é visitado pela Miss Bee (Srta. Abelha), e foi nessa época que Joanne se matriculou em sua primeira escola, a St. Michael's Curch of England, perto de sua casa.
Era um local agradável, uma escola à moda antiga da qual Joanne gostava muito.

Em 1974 a família Rowling mudou-se para a cidadezinha de Tutshill, para uma casa chamada Church Cottage.
Curiosamente, Tutshill fica às bordas da Floresta de Dean, berço do escritor Dennis Potter.

Junto com a nova casa veio a nova escola, a Escola Tutshill, onde lecionava a professora Sylvia Morgan, uma mulher rígida e pouco querida.
Joanne já se destacava pela inteligência.
Ela diz na sua autobiografia que, talvez para compensar a beleza de Dianne, os seus pais decidiram que ela deveria ser a filha inteligente.

A escola secundária que as pequenas Rowling frequentaram era a Escola Wyedean, no vilarejo de Sedbury.
Se a Escola Tutshill ficara para trás junto com Sylvia Morgan, Wyedean chegou com o professor John Nettleship, químico que inspirou o Professor Snape, e que àquela época tornou-se chefe da mãe de Jo e Di, Anne, que passou a trabalhar no departamento de Química da escola.
Na Wyedean a professora Lucy Shepherd foi a preferida de Rowling.
Competente, Lucy teve influência sobre a criativa Joanne, e é elogiada pelos próprios professores da escola.

O período que passou na Escola Wyedean deixou fortes lembranças: foi nessa época que Anne Rowling foi diagnosticada com esclerose múltipla, e foi aí também que ela conheceu Sean Harris, amigo a quem foi dedicado o segundo livro e dono do Ford Anglia original, a porta para o mundo de J.K. assim como o foi para Harry Potter. Segundo J.K.:

Ele foi o primeiro dos meus amigos a aprender a conduzir, e aquele carro turquesa e branco significava LIBERDADE.

De Exeter a Manchester

Universidade de Exeter
Joanne estava decidida quanto ao seu curso na faculdade: queria fazer Inglês.
Ela disse que:

Eu estudei francês, o que foi um erro; tinha sucumbido à pressão dos meus pais [...]

— J.K.Rowling
Os seus planos tinham fracassado porque seus pais aconselharam a filha a fazer algo que valesse a pena na questão profissional, mas ainda assim Joanne ingressou no curso de Francês e Línguas Clássicas da Universidade de Exeter.

Teve problemas de adaptação com o curso, mas foi menos "doloroso" do que o esperado. Fez seus amigos, e, ao substituir seu estilo inteligente por um visual mais chamativo, tornou-se popular entre os rapazes.
Foi durante os seus estudos que ela decidiu ir à França dar aulas de Inglês, como parte do curso, e adorou a experiência.
Em 1987 ela formou-se na Universidade de Exeter.

Fez alguns trabalhos temporários, como secretária bilingue e trabalhou na Amnistia Internacional, no Departamento Franco-africano, época em que rascunhou um romance nunca publicado, e que era rabiscado em bloquinhos de papéis em bares, da mesma forma que foi Harry Potter.

Quando o namorado de Joanne em Exeter foi morar em Manchester, Joanne passou a procurar uma apartamento lá, para morar perto dele, mas foi uma escolha errada, como se veria depois, embora J.K. tenha dito que "mesmo se pudesse, não voltaria atrás". Para os fãs de Harry Potter, essa decisão talvez tenha sido boa: voltando para Londres após procurar sem sucesso um lugar para morar em Manchester, Joanne criou em sua mente (no momento só na mente, já que não tinha papel nem caneta, o que não é comum) um personagem que mudaria o curso da literatura juvenil.
O comboio em que ela viajava avariou e Joanne utilizou-se desse momento para criar o que viria a ser um sucesso mundial.
Os motivos são incertos, mas de acordo com J.K.:

A idéia de Harry Potter surgiu de repente em minha mente [...] e nenhuma outra idéia tinha me animado tanto quanto essa.

— J.K.Rowling

Isso foi em Junho de 1990, quando os primeiros rascunhos de Harry Potter tomaram forma e no fim do mesmo ano, ela instalou-se em Manchester.
Para passar o tempo, Joanne escrevia e os personagens de Harry Potter cresceram e amadureceram numa caixa de sapatos.

Em 30 de Dezembro desse ano, Anne Volant, esposa de Pete, e mãe de Jo e Di, faleceu em casa depois de dez anos de luta contra a esclerose múltipla.
O choque foi imenso. Joanne comenta:

Foi um momento terrível.
O meu pai, Di e eu estávamos arrasados; ela só tinha 45 anos e nunca imaginamos, provavelmente por não gostar nem de pensar na idéia, que ela poderia morrer tão jovem.
Lembro-me de sentir [...] uma verdadeira dor no coração.

— J.K.Rowling

Depois do último adeus, Joanne voltou infelicíssima para Manchester, onde descobriu que o apartamento em que vivia fora assaltado, e depois de uma séria briga com o namorado, deu entrada no Bournville Hotel, na periferia da cidade.
Foi no quarto desse hotel que surgiu o famoso esporte dos bruxos, o Quadribol.

Já não havia o que fazer em Manchester, e um anúncio que procurava professores de inglês foi o início da aventura de Joanne em Portugal.


Uma aventura no Porto
Contratada para dar aulas de inglês em Portugal, no Encounter English, Joanne partiu da Inglaterra para a cidade do Porto, onde foi instalada num apartamento junto com duas outras professoras: Jill Preweet e Aine Kiely, mulheres a quem foi dedicado o terceiro livro, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban.
Aos sábados as três iam divertir-se na discoteca Swing.
Harry Potter não foi esquecido, e os rascunhos voaram junto com Joanne para o Porto.

Mas aconteceu de Joanne se deparar com um estudante português num bar, que lhe interessou, assim como ela a ele.
O seu nome era Jorge Arantes.
Joanne nunca falou detalhadamente sobre essa parte de sua estada no Porto, e muito do que se sabe vem do próprio Jorge.

Não demorou muito e os dois passaram a viver juntos, e Joanne ficou grávida, sofrendo um aborto espontâneo logo depois.
Jorge pediu Joanne em casamento em agosto de 1992, mas o relacionamento tempestuoso, pontuado por brigas, fez com que o casamento perdesse o encanto, e Joanne ficou grávida novamente, enquanto Jorge mostrava-se cada vez mais ciumento e possessivo.

O bebé nasceu em 27 de Julho de 1993, e Joanne diz que foi a melhor coisa que já lhe aconteceu, mas o casal ainda brigava muito, e o momento deu-se quando Jorge a arrastou para fora de casa.
Joanne conseguiu resgatar o bebé e não demorou a ir embora, deixando Porto para trás.


Rabiscando nos bares
Joanne voltou ao Reino Unido.
O pai casara-se novamente, mas o seu destino foi o lar da recém-casada irmã, em Edimburgo.
Não ficou muito tempo lá, já que não queria ser um peso para a irmã.

E a pobreza tomou conta dela, e junto com a falta de dinheiro veio a falta de esperança, e Joanne caiu nas garras da depressão.

Ela e a filha mudaram-se para um prediozinho em Leith, um bairro da capital escocesa, onde vivia com a ajuda do governo, mas sentindo-se humilhada por estar neste estado.
Conseguiu, através da lei, manter Jorge longe dela e da filha.
Sean Harris ainda mantinha contato com Joanne, e emprestou-lhe algum dinheiro.

Chega-se agora à parte mais conhecida da sua história: Joanne Rowling passeava com a filha no carrinho, e quando a filha dormia, ela ia até o Nicolson's, um bar que pertencia ao cunhado de Joanne, ou ao bar The Elephant House Café.
Lá ela pedia um café e escrevia as histórias de Harry Potter até que a filha acordasse.
A história de que não tinha aquecimento em sua casa e ia aos bares se aquecer é absurda.
Não tinha computador, apenas uma velha máquina de escrever, onde datilografava as anotações. Além do Nicolson's, Joanne gostava de frequentar o The Elephant House Café também.

Entre fins de 1994 e meados de 1995, ela conseguiu um emprego como secretária, foi aceite no curso para conseguir o registo que a habilitava a dar aulas e divorciou-se.
Joanne Rowling estava a preparar-se para as outras boas notícias que viriam a seguir.


Sonhos no papel
Joanne tinha dois nomes de agentes literários.
O primeiro devolveu os originais do livro muito rapidamente, e o segundo faria o mesmo se a mão de Briony Evens, funcionária de Christopher Little, não tivesse resgatado o manuscrito da caixa de devolução.
Briony pediu autorização do chefe para tentar publicar o livro, e então escreveu a Joanne pedindo-lhe o restante do livro.
Muitíssimo feliz, Joanne enviou-lhe o restante.

Depois de muitas recusas de outras várias editoras (o número é incerto, e já variou de 8 a 12 editoras), os originais foram parar na Editora Bloomsbury, nas mãos de Barry Cunningham, à época coordenador da recém-criada, e não tão prestigiada, divisão de livros infantis, que decidiu publicar o livro.
Aparentemente, essa decisão também foi influenciada por Alice Newton, filha do diretor-executivo da Bloomsbury, que gostou do livro.
Na divisão infantil trabalhavam Rosamund de la Hey e Sarah Odedina, que ajudaram Rowling e tornaram-se suas amigas.
Barry não trabalha mais na Bloomsbury.
O seu lugar foi ocupado por Emma Matthewson.

Christopher Little então pediu que Joanne assinasse com as suas iniciais.
Nesta ocasião, Joanne Rowling assinou, como nome do meio, o nome da avó, Kathleen, originando a famosa assinatura J.K.Rowling.

Entretanto Barry Cunningham aconselhou-a a arranjar um trabalho, e Joanne conseguiu um emprego na Academia de Leith, como professora de francês, e conseguiu uma bolsa de oito mil libras esterlinas do Conselho Escocês de Artes, devolvendo parte do prémio depois do sucesso de sua colecção.
Mas nesta época ela esteve sempre à espera da publicação de Harry Potter e a Pedra Filosofal, que ocorreu em 30 de Junho de 1997.
A primeira edição foi pequena, 1000 exemplares, 500 dos quais para bibliotecas. Actualmente um exemplar desses alcança o valor de 25000 libras.

Logo de início o livro esteve entre os mais vendidos.
Com o dinheiro que ganhou pelos direitos no início, Joanne comprou um apartamento mais espaçoso num lugar mais seguro para ela e a filha viverem, no número 19 de Hazelbank Terrace, em Edimburgo. J.K.Rowling, quando mudou-se dessa casa, deu-a de presente a uma mãe solteira da vizinhança, de quem se tornara amiga.

No ano seguinte, num leilão dos direitos do livro, Arthur Levine, da editora Scholastic Inc., ganhou-os pelo valor de 105 mil dólares.
Nos Estados Unidos o livro teve o nome mudado de Philosopher's Stone para Sorcerer's Stone, facto que Joanne diz que teria lutado contra se na época estivesse numa melhor condição.
Ainda assim, J.K. está extremamente grata a Arthur Levine.

O sucesso do primeiro livro abriu as portas para o segundo, e desde então os olhos voltavam-se sempre para o lançamento do livro seguinte.

A revelação do nome do sétimo livro, em 21 de Dezembro de 2006, foi o prenúncio de que a série chegava de facto ao fim.
Em Fevereiro de 2007 apareceram as notícias sobre a assinatura que J.K.Rowling havia deixado num busto no Hotel Balmoral, em Edimburgo, anunciando que num quarto daquele hotel ela havia terminado o livro Harry Potter e as Relíquias da Morte.
Durante um ano enquanto finalizava o livro, ela permitiu que a filmassem para um documentário, que foi ao ar pela primeira vez em 30 de Dezembro de 2007.
Esse documentário, chamado Um ano na vida de J.K.Rowling, ou no original J K Rowling... A Year In The Life, mostra diversos aspectos até então desconhecidos da autora.
É possível ver a sua mansão na Escócia, e ver J.K.Rowling reduzida a lágrimas ao regressar para o apartamento no bairro de Leith onde acabara o primeiro livro da colecção, que completou uma década desde sua publicação.


Projectos sociais e doações
A influência de J.K.Rowling, somada ao seu poder aquisitivo e à sua capacidade de escrever, esteve ocupada com projetos sociais com destaque para a MS Society Scotland, organização que ajuda portadores de esclerose múltipla, e o National Council for One Parent Families, que ajuda pais solteiros, tornando-se embaixadora do Conselho.

Escreveu também dois livrinhos, Quadribol Através dos Séculos e Animais Fantásticos e Onde Habitam, que arrecadaram juntos £15.7 milhões, £10.8 milhões das quais doadas à instituição Comic Relief, que combate a pobreza.
Além disso, Joanne doou £22 milhões para a mesma instituição.

Em 2006, Joanne foi até Bucareste, na Roménia, para arrecadar fundos ao Children's High Level Group, que difunde os direitos das crianças com deficiência mental na Europa e no mesmo ano doou uma grande soma para a construção de um novo Centro de Medicina Regenerativa na Universidade de Edimburgo.

Nos dias 1 e 2 de Agosto de 2006, Rowling leu juntamente com Stephen King e John Irving na Radio City Music Hall em Nova Iorque.
Os lucros do evento foram doados para a Haven Foundation, para artistas incapacitados e sem seguro social, e para a ONG Médicos Sem Fronteiras.

Em Novembro de 2007 Joanne revelou ter escrito o livro The Tales of Beedle, the Bard.
Esse livro tem um papel importante dentro da história de Harry Potter e as Relíquias da Morte.
Diferentemente de Quadribol Através dos Séculos e Animais Fantásticos e Onde Habitam, esse novo livro tem edição limitada a sete livros, escritos a mão, com ilustrações da autora, encadernados em couro e com detalhes em prata e pedras semi-preciosas Seis foram dados de presente, e um deles será leiloado, e o dinheiro será doado para crianças pobres.
O lance inicial foi de sessenta e dois mil dólares, e foi de facto leiloado por um valor de quase 4 milhões de dólares, ou £1,95 milhões.


Homenagens

Pelo seu trabalho artístico e beneficente, J.K.Rowling ganhou diversas homenagens. As mais importantes estão indicadas a seguir:

Junho de 2000 - É nomeada pela Rainha Elizabeth como Officer of the British Empire, tornando-se Lady J.K.Rowling.

Julho de 2000 - Recebe o título de Dra. Honoris Causa em Letras pela Universidade de Exeter, onde estudara entre 1985 e 1987.

Setembro de 2000 - Um quadro de J.K.Rowling pintado por Stuart Pearson Wright ganha seu lugar na National Portrait Gallery em Londres.

Abril de 2006 - Um asteróide é descoberto pelo Dr. Mark Hammergren do Adler Planetarium, que, sendo fã de Harry Potter, dá-lhe o nome de 43844 Rowling.

Maio de 2006 - Um dinossauro da ordem Pachycephalosauria recebeu o nome de Dracorex hogwartsia, "Dragão Rei de Hogwarts" em homenagem a Hogwarts, criação de Rowling.

Julho de 2006 - J.K.Rowling recebe o título de Dra. Honoris Causa em Direito pela Universidade de Aberdeen.

Julho de 2007 - J.K.Rowling recebe o Golden Blue Peter Badge, a maior honraria do programa Blue Peter.
Ela já havia recebido a de prata, mas só ganharia a de ouro, lhe disseram, quando fizesse algo muito importante como salvar uma vida.

Outubro de 2007 - J.K.Rowling recebeu o prêmio Pride of Britain por inspirar mães solteiras e aspirantes a autores.

Outubro de 2007 - J.K.Rowling recebeu o prêmio Order of the Forest da Markets Initiative, uma organização canadense de proteção ao meio ambiente, pela impressão de Harry Potter e as Relíquias da Morte com papel reciclado.

Novembro de 2007 - J.K.Rowling vence o prêmio Entertainer of the Year da revista Entertainment Weekly.

Uma nova família Rowling
J.K.Rowling conheceu o médico anestesista Neil Michael Murray na casa de um amigo comum, e os dois apaixonaram-se.
Ele era recém-separado e ela, apesar da filha, tivera muitos problemas em seu casamento. Mesmo assim, os dois se casaram no dia 26 de Dezembro de 2001. Pete e Dianne Rowling estavam lá.

O casamento aconteceu na luxuosa propriedade do século XIX, Killiechassie House, em Perth and Kinross, Escócia, comprada pela escritora em 2001.
Rowling também comprou uma casa em Merchiston, Edimburgo, e uma casa em estilo georgiano em Londres.

Com Neil, Joanne teve dois filhos: David Gordon Rowling Murray, nascido em março de 2003 e Mackenzie Jean Rowling Murray, nascida em janeiro de 2005.
Harry Potter e a Ordem da Fênix foi dedicado a Neil, Jessica e David, e Harry Potter e o Enigma do Príncipe, a Mackenzie.

J.K.Rowling também tem dois cães, um Jack Russell terrier e mais recentemente ela adoptou uma cadela de um canil (o Greyhound Rescue Fife) para onde também doou cerca de mil libras.


jkrowling.com

Em 15 de Maio de 2004, J.K.Rowling inaugurou o seu site oficial, o jkrowling.com.
Se antes ele contava apenas com links de editores, então passou por uma mudança muito grande.
O site hoje contém muito material interactivo, que permite ao utilizador ir e vir, explorar diversos ambientes e descobrir diversas coisas.
A aparência inicial é de uma escrivaninha extremamente desarrumada, com vários rascunhos, papéis de doce e objectos inusitados, como penas e uma escova de cabelos. Passeando pela mesa também vemos insectos.
A autora não costuma alterá-lo com muita frequência, mesmo que quando o faz, escreve muito de uma só vez.

Pelo site pode-se encontrar a autobiografia, sem muitos detalhes, apenas o básico com algumas fotos, a secção de rumores, onde J.K.Rowling explica se são verdadeiros ou falsos os boatos que correm sobre sua obra.
A secção de notícias comenta diversas situações relacionadas com eventos envolvendo os livros ou ela mesma etc.
No diário há textos que não são necessariamente pessoais, mas dirigidos ao público. Na seção F.A.Q, a autora responde a diversas perguntas sobre ela, o livro ou diversos, inclusive fazendo votações para a próxima pergunta de quando em quando e no caixote, J.K.Rowling desmente boatos, explica a versão verdadeira de outros etc. Os links redirecionam o utilizador para o site de editores e instituições enquanto na parte de Sites de Fãs, ela agracia os bons sites de fãs relacionados a sua obra. O Material Extra apresenta diversos detalhes sobre sua obra, ou sobre coisas aleatórias, ao passo que a seção Bruxo do Mês aponta bruxos notáveis e seus feitos. No Scrapbook ficam armazenados os easter eggs que o usuário adquiri, e o W.O.M.B.A.T., actualmente sem uso, é um teste de conhecimentos que foi aplicado em três fases. A parte mais misteriosa é a seção com um ponto de interrogação.
Lá já foram reveladas coisas importantíssimas, como o nome de livros novos, excertos e capítulos. É uma porta que nem sempre abre.

Há no site vários easter eggs, ou seja, "recompensas" escondidas pelo site que são dadas quando se realiza determinada tarefa.
Eles consistem em desenhos e escritos antigos que ficam armazenados no próprio site. O site também conta com diversos itens interativos, como um rádio, um telemóvel., interruptores e a visita ocasional do poltergeist da obra Harry Potter.

Há versões disponíveis em Inglês, Francês, Alemão, Italiano, Espanhol e Japonês.


in www.wikipedia.pt

sábado, 20 de dezembro de 2008

Vaidade - Florbela Espanca




Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!

Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!

Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!

E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho... E não sou nada!...

Florbela Espanca

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Barcelona


Barcelona

Barcelona é a capital da Catalunha, uma comunidade autónoma da Espanha, da comarca do Barcelonès e da província de Barcelona.
É onde se encontram as instituições mais importantes do governo da Catalunha: a Generalidade da Catalunha (governo autónomo) e o parlamento autónomo.
O Seu presidente é Jordi Hereu Boher.

Localização geográfica

Situada na província homónima, ao longo da costa do Mediterrâneo (41°23′N 2°11′E), entre o desaguar dos rios Llobregat e Besòs, o território de Barcelona está dividido em três áreas bem delimitadas: a serra da Collserola (com 512 metros de altura é o ponto mais alto da cidade, no seu topo está localizado o Tibidabo), o plano e os deltas dos rios Besòs e Lobregat, que juntamente com o litoral delimitam seu território.
Cerca de 160km a sul das montanhas dos Pirenéus.

A população da cidade de 1595110 habitantes (estimativa em 2006), sendo que a população da área metropolitana é de 3.161.081 (estimativa em 2006).
A população da província é de 5.226.354 (estimativa em 2005), mas cobre apenas 7,773 km² da cidade.
O Presidente da Câmara/Prefeito de Barcelona é Jordi Hereu.

História

Os primeiros vestígios de povoamento em Barcelona remontam ao final do período Neolítico (2000 a 1500 a.C.).
Do século VII ao VI a.C. não está documentada a existência de povoamento de nenhuma tribo ibérica. Aparentemente, por essa mesma época teria existido uma colônia grega (Kallipolis) na região, apesar de os historiadores discordarem sobre a sua localização exacta.
Os cartagineses teriam ocupado a região durante a Segunda Guerra Púnica e depois os romanos se instalariam no local.

A cidade de Barcelona teria sido fundada pelos romanos no final do século I a.C., sobre o mesmo assentamento ibérico anterior onde já se haviam instalado anteriormente desde o ano 218 a.C., e teria sido convertida numa fortificação militar, chamada de Iulia Augusta Paterna Faventia Barcino, que estava situada sobre o então chamado Mons Taber, uma pequena elevação onde hoje está situada a catedral da cidade e a praça de Sant Jaume.
No século II as suas muralhas foram construídas por ordem do Imperador Cláudio e já no início do século III a população de Barcino estava estimada entre 4.000 e 8.000 habitantes.
Barcino foi a cidade dos laietanos (ibéricos), que deu origem a cidade de Barcelona. Estava situada perto do rio Rubricatus (Llobregat).
A cidade já existia com um outro nome (a lenda atribui sua fundação à Hércules, 400 anos antes da fundação de Roma) quando foi supostamente refundadada por Amílcar Barca, que lhe dá o nome.
Depois, os romanos estabeleceram-se na cidade.

No século V, Barcelona foi ocupada pelos visigodos de Ataulfo (ano 415) provenientes do norte da Europa.
Em 531, Amalarico foi assassinado.
No século VIII a cidade foi conquistada pelo vizir árabe Al-Hurr e iniciou-se um período de quase um século de domínio muçulmano que terminou em 801 quando foi ocupada pelos carolíngios, que a converteu em capital do Condado de Barcelona.
A potência econômica da cidade e a sua localização estratégica fizeram com que os muçulmanos voltassem em 985, comandados por Almansor, ocupando-a durante alguns meses.

A partir do século XIV a cidade iniciou uma era de decadência que se estendeu durante os séculos seguintes.
A união dos reinos de Aragão e Castela, oficializada com o casamento entre os reis Fernando de Aragão e Isabel de Castela, gerou um ambiente tenso entre catalães e castelhanos que chegou ao momento mais crítico com a Guerra dels Segadors (de 1640 a 1651) e posteriormente com a Guerra da Sucessão Espanhola (de 1702 a 1714), que terminou com a abolição das leis institucionais próprias da Catalunha e com a destruição de boa parte do Bairro da Ribera e da construção da Ciutadella.


Até o fim do século XVIII, Barcelona iniciou uma recuperação económica que lhe favoreceu a industrialização progressiva do século seguinte.
A segunda metade do século XIX coincidiu com o projeto de derrubada das muralhas antigas que envolviam a cidade e outras cidades próximas são incorporadas à Barcelona.
Dessa forma, são incorporadas à Grande Barcelona as cidades de Gràcia, Sarrià, Horta, Sant Gervasi de Cassoles, Les Corts, Sants, Sant Andreu de Palomar e Sant Marti de Provençals.
Isso permitiu que a cidade executasse o projeto do Eixample e do desenvolvimento da indústria, feito que lhe permitiu entrar no século XX como um dos centros urbanos mais avançados de Espanha.
Foi sede de duas Exposições Universais nos anos de 1888 e de 1929.

A escalada da Guerra Civil Espanhola e a derrota das forças republicanas tornaram o panorama desfavorável novamente, uma vez que Barcelona se havia posto ao lado da República, e no final de 1939, as tropas franquistas ocuparam a cidade na última fase da guerra.

Depois de um pós-guerra duro para Barcelona, teve início uma fase de desenvolvimento sob o mandato do prefeito Josep María de Porcioles i Colomer.
Toda a região próxima à cidade que ainda mantinha alguma tradição agrícola e rural aos poucos vai-se urbanizando com grandes bairros cheios de imigrantes procedentes de outras partes da Península Ibérica.
Restaurada a democracia após a morte do ditador Franco, um novo desenvolvimento cultural e urbanístico acontece, com uma crescente participação da população civil, dotando a cidade de grandes infra-estruturas dignas de uma metrópole moderna e cosmopolita atrativa para o turismo.
Nesta última etapa celebraram-se os Jogos Olímpicos de Verão de 1992 e o Fórum Universal das Culturas em 2004.

Economia
Barcelona foi historicamente uma cidade muito ligada à indústria. Foi a primeira cidade em Espanha a acolher a revolução Industrial e apesar de ter tido algumas crises econômicas é hoje o maior centro industrial do país.

O porto de Barcelona converteu-se nos últimos anos no mais importante do Mediterrâneo em tonelagem de mercadorias e contentores.
Também é o primeiro porto mediterrânico em número de cruzeiros que fazem escala na cidade.

Centro cultural, económico e político, Barcelona é uma referência não só dentro de Espanha como também no contexto da União Europeia.


Distritos e bairros

Barcelona cresceu e anexou municípios vizinhos que atualmente são bairros da cidade. Destacam-se a aportação fenomenal de Ildefons Cerdà e a ordenação urbanística.

Barcelona está dividida em dez distritos (enumeram-se alguns bairros históricos):

Ciutat Vella: Raval, bairro Gótico, Ribera e a Barceloneta.
L'Eixample: Sant Antoni, Esquerra de Eixample, Dreta de Eixample, Sagrada Família, Fort Pienc.
Sants-Montjuïc: Can Tunis, Montjuïc, Badal, Hostafrancs, Bordeta, Sants, Poble Sec, Zona Franca, Font de la Guatlla.
Les Corts: les Corts, Pedralbes, Sant Ramon.
Sarrià - Sant Gervasi: Sarrià, Galvany, Sant Gervasi de Cassoles, El Putxet, Tres Torres, Bonanova, Vallvidrera, Les Planes.
Gràcia: Vallcarca, Penitents, Salut, Gràcia, Camp d'en Grassot.
Horta-Guinardó: Horta, Carmel, Teixonera, Can Baró, Font d'en Fargas, Guinardó, Vall d'Hebron, Montbau, Sant Genís dels Agudells, Baix Guinardó.
Bairro Novo (Nou Barris): Vallbona, Ciutat Meridiana, Torre Baró, Canyelles, Roquetes, Trinitat Nova, Prosperitat, Guineueta, Verdum, Turó de la Peira, Vilapicina.
Sant Andreu: Congrés, La Sagrera, Sant Andreu de Palomar, Bon Pastor, Trinitat Vella.
Sant Martí: Sant Martí de Provençals, Clot, Camp de l'Arpa, Poble Nou, Vila Olímpica, Besòs, Verneda, Ciutadella, Nova Icària, Diagonal Mar.


Lugares de Interesse Turístico

Barcelona oferece ao visitante a possibilidade de percorrer a pé desde as ruínas romanas e a cidade medieval até os bairros do modernismo catalão, com seus edifícios característicos, suas ruas arborizadas e suas largas avenidas.
A cidade antiga é praticamente plana, enquanto que os bairros novos, a medida que ficam próximos à cordilheira litoral, deixam o aspecto plano de lado.


Centro e Las Ramblas
Um dos lugares de mais frequentados de Barcelona são as Las Ramblas (em catalão Les Rambles), uma passarela situada entre a Praça da Catalunha (em catalão Plaça de Catalunya), centro da cidade, e o antigo porto de Barcelona.
Ali são encontradas quiosques de flores, cafeterias, restaurantes e lojas comerciais. Passeando pelas Las Ramblas pode-se admirar vários edifícios de interesse, como o Palácio da Virreina, o mercado de La Boquería e o famoso teatro Grande Teatro do Liceu.
Uma rua lateral a Las Ramblas conduz a Praça Real (em catalão Plaça Reial), uma praça com palmeiras e edifícios que abriga cervejarias e restaurantes.

Las Ramblas termina junto ao porto antiguo, onde a estátua de Cristovão Colombo (ou Monumento a Cólon) aponta para o mar.
Próximo dali se encontra o Museu Marítimo (ou Museu Maritim), dedicado sobre tudo à historia naval do Mediterrâneo, e no qual se exibe a reprodução em escala real de uma antiga galera de combate.
O porto antigo oferece outros atrativos, como um centro de ócio, com comércios, restaurantes, um cinema IMAX, e um aquário da fauna marinha mediterrânea.


Arquitetura
Barcelona é conhecida como capital do modernismo.
A cidade, na qual viveu e trabalhou o arquiteto Antoni Gaudí conta com algumas de suas obras mais relevantes, que atraem a cada ano milhões de visitantes de todo mundo.
A mais representativa é o Templo Expiatório da Sagrada Família, que Gaudí deixou inacabada e que segue sendo construída da mesma maneira que as catedrais na Idade Média.
O Seu acabamento está previsto para até 2020.
Outras das obras mais conhecidas de Gaudí são o Parque Güell (Parc Güell), a Casa Milà, também chamada de "La Pedrera", e a Casa Batlló.
Além de Gaudí, Barcelona conta com outras jóias do modernismo catalão como o Hospital de Sant Pau e o Palácio da Música Catalã de Lluís Domènech i Montaner, ou o Palácio Macaya e muitas outras obras de Josep Puig i Cadafalch.

Fora as obras modernistas, Barcelona também conta com relevantes obras pertencentes a outros estilos e períodos históricos.
Dentro do período medieval destacam-se especialmente as obras góticas que proliferam em seu centro histórico, precisamente denominado "Bairro Gótico" como a Catedral de Barcelona.
Neste mesmo estilo encontra-se ainda a Igreja de Santa Maria do Mar, caracterizada por sua austeridade e harmonia nas medidas.

Também possui distintas amostras de arquitetura contemporânea.
Destacando-se o Pavilhão Alemão de Ludwig Mies van der Rohe, que foi construído para a Exposição Universal de Barcelona de 1929, assim como a Fundação Joan Miró do arquiteto catalão Josep Lluís Sert.
Anos mais tarde, por causa dos Jogos Olímpicos de 1992, a cidade viveu uma etapa de grandes transformações que deram lugar a obras como o Palau Sant Jordi (ou Palácio de Esportes São Jordi) de Arata Isozaki, a Torre de Collserola de Norman Foster e a Torre de Montjuïc de Santiago Calatrava.
Antes dos Jogos houve também a remodelação e ampliação do Aeroporto de Barcelona por Ricardo Bofill.
E na etapa pós-olímpica a cidade seguiu mantendo seu desenvolvimento arquitetônico, construindo edifícios como o Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (ou MACBA) de Richard Meier, a Torre Agbar de Jean Nouvel, e los projetos de uma nova estação em La Sagrera, a Torre do Triângulo Ferroviário de Frank Gehry.
Outras construções aconteceram por causa do Forum Universal das Culturas, como o Edifício Fórum de Jacques Herzog e Pierre de Meuron.

Museus
Na Fundação Joan Miró encontra-se algumas obras deste pintor e são realizadas exposições itinerantes procedentes de museus de todo mundo.
O Museu Picasso conta com uma importante coleção de obras pouco conhecidas deste pintor, sobretudo de suas épocas iniciais.
No Museu Nacional de Arte da Catalunha encontra-se exposta uma importante coleção de arte romana.
A arte da época actual fica no recém construído Museu de Arte Contemporânea de Barcelona.
Também são de relevância o Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona situado no El Raval, o museu da Fundação Antoni Tàpies, o CaixaFòrum e o Museu da Ciência, agora chamado de CosmoCaixa.

Montjuic e Tibidabo
Duas montanhas dominam a cidade convertidas em miradores.
O Montjuic é um pequeno monte situado junto ao porto, em cuja topo encontra-se uma antiga fortaleza militar que serviu para vigiar a entrada de Barcelona pelo mar. Nesta montanha encontra-se ainda as instalações olímpicas, como o Estádio Olímpico Lluis Companys, o Palácio Sant Jordi e as Piscinas Picornell.
Também pode ser visto em Montjuic o jardim botânico, que dispõe de uma coleção única de cactus. O Tibidabo, na parte alta da cidade é a outra montanha de Barcelona. Pode-se ir ao Tibidabo de carro, ônibus, tranvia e um funicular.
No Tibidabo encontra-se a Igreja do Sagrado Coração, visível de toda a cidade, o Parque de atrações de Tibidabo, e a Torre de Collserola, antena de telecomunicações que dispõe de um mirador.

Desportos

A cidade de Barcelona também se destaca no futebol, onde os clubes do Futbol Club Barcelona e Espanyol se destacam.
O clube do Barcelona é o maior da Catalunha, onde já passaram diversos jogadores de futebol famosos como Maradona, Ronaldo, Rivaldo, Romário, Saviola, Messi, Riquelme, Michael Laudrup, Cruyff, Luis Figo e Ronaldinho Gaucho.
Atualmente os maiores jogadores são Messi, A. Iniesta, Puyol, Thierry Henry, Samuel Eto'o e Bojan Krkić

A cidade também já recebeu os Jogos Olímpicos de Verão de 1992 e alguns jogos do Campeonato do Mundo de 1982.

Apesar de grande destaque no futebol, outros desportos se destacam na cidade catalã, entre eles desportos náuticos, automobilísticos, além de outros.
No Circuito da Catalunha são disputadas provas de F1 e do Campeonato Mundial de Motociclismo.


in www.wikipedia.pt

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Porto Sentido - Rui Veloso




Composição: Carlos Tê / Rui Veloso

Quem vem e atravessa o rio
Junto à serra do Pilar
vê um velho casario
que se estende ate ao mar

Quem te vê ao vir da ponte
és cascata, são-joanina
dirigida sobre um monte
no meio da neblina.

Por ruelas e calçadas
da Ribeira até à Foz
por pedras sujas e gastas
e lampiões tristes e sós.

E esse teu ar grave e sério
dum rosto e cantaria
que nos oculta o mistério
dessa luz bela e sombria

[refrão]
Ver-te assim abandonada
nesse timbre pardacento
nesse teu jeito fechado
de quem mói um sentimento

E é sempre a primeira vez
em cada regresso a casa
rever-te nessa altivez
de milhafre ferido na asa

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Las Meninas



A interpretação deste quadro deixo ao critério dos leitores deste blog.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Jornal britânico “The Observer” divulgou lista dos melhores temas de 2008 - Música de Buraka Som Sistema considerada terceira melhor do ano



"Sound of kuduro" eleita terceira melhor música de 2008
O tema "Sound of kuduro", dos portugueses Buraka Som Sistema e retirado do álbum "Black Diamond", foi considerado um dos melhores do ano pelo jornal britânico “The Observer”.

De acordo com a edição de domingo do jornal, "Sound of kuduro", que faz parte do álbum "Black Diamond", foi eleita a terceira melhor música de 2008, ficando atrás de "Machine gun", dos Portishead, e "L.E.S. Artistes", de Santogold.

Para a redacção do Observer, "Sound of kuduro" ficou à frente de MIA (cantora que participa nesse tema), Kanye West e Leone Lewis.

Os Buraka Som Sistema não têm passado despercebidos no Reino Unido, onde actuam com regularidade, apresentando a mestiçagem de sons, com kuduro, electrónica, funk, tecno, dancehall.

"Black Diamond", editado em Novembro no mercado internacional, foi ainda considerado o quarto melhor álbum de 2008 pela revista de música Uncut.

Os Buraka Som Sistema, premiados em Novembro pela MTV Portugal como a melhor banda de 2008, são formados por Lil´John, DJ Riot, Kalaf e Conductor, surgiram há dois anos e editaram o EP "From Buraca to the world" e o álbum "Black Diamond".
Para o início de 2009 têm agendada uma digressão pela Austrália.

Confeso que não sou apreciadora deste género de música, mas há que realçar o empenho de todos os membros da banda e todo o seu percurso realizado até ao momento.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Tira a Teima - Clã


Composição: Carlos Tê/Hélder Gonçalves

Se um dia me aproximar de ti
Não penses que é só um flirt
Não julgues que é um filme
Que já viste em qualquer parte
Pensa bem antes de agires
Evita ser imprudente
Faz a carta do meu signo
E vê à lupa o ascendente
Tem cuidado e tira a teima
Vê aquilo que sou

Tem cuidado e tira a teima
Que sou tu não sonhas ao que venho
Não sabes do que sou capaz
Eu dou tudo quanto tenho
Não funciono a meio gás
Vem sentar-te à minha frente
E diz-me o que vês em mim
Não respondas já a quente
Pondera antes de dizer sim

Tem cuidado e tira a teima
Porque aquilo que sou fere, rasga e queima
Tem cuidado e tira a teima
Porque aquilo que sou fere, rasga e queima
Diz-me diz-me se vês o granito
Onde a cidade, os grandes temas
Diz-me se vês o amor infinito
Ou somente um par de algemas

Tem cuidado e tira a teima
Vê aquilo que sou
Tem cuidado e tira a teima
Vê aquilo que sou

sábado, 13 de dezembro de 2008

Tira a Teima - Clã

Manuel de Oliveira



Manoel de Oliveira

Nascimento 11 de Dezembro de 1908 (100 anos)
Porto, Portugal
Nacionalidade Portuguesa
Ocupação cineasta
Manoel Cândido Pinto de Oliveira (Porto, 11 de Dezembro de 1908)[1] é um cineasta português, que actualmente (2008) é o realizador activo mais idoso do mundo, com trinta e duas longas-metragens.


Biografia

Manoel de Oliveira é originário de uma família da média-alta burguesia, com antepassados fidalgos, facto que muito influenciaria o teor e as temáticas da sua futura obra cinematográfica.
O seu pai, Francisco José de Oliveira, foi o primeiro fabricante de lâmpadas em Portugal.
Estudou no colégio de jesuítas de A Guarda (Galiza). Na juventude dedicou-se ao atletismo e, mais tarde, ao automobilismo e à vida boémia.
Aos vinte anos ingressou na escola de actores de Rino Lupo, cineasta italiano radicado no Porto, um dos pioneiros do cinema português de ficção.

Quando viu o documentário vanguardista Berlim, Sinfonia de uma Cidade de Walther Ruttmann, ficou muito impressionado e decidiu fazer um filme inspirado naquele sobre a cidade do Porto, um documentário de curta metragem sobre a actividade fluvial na Ribeira do Douro: Douro, Faina Fluvial (1931).
O filme suscitou a admiração da crítica estrangeira e o desagrado do público nacional.
Seria o primeiro documentário de muitos que abordariam, de um ponto de vista etnográfico, o tema da vida marítima da costa de Portugal: o Douro (Oliveira), a Nazaré (Nazaré, Praia de Pescadores, Leitão de Barros), o Algarve (Almadraba Atuneira, António Campos), o Tejo (Avieiros, Ricardo Costa).

Adquiriu entretanto alguma formação técnica nos estúdios alemães da Kodak e, mantendo o gosto pela representação, participou como actor no segundo filme sonoro português, A Canção de Lisboa (1933), de Cottinelli Telmo.
Só mais tarde, em 1942, se aventuraria na ficção como realizador: Aniki-Bobó, um enternecedor retrato da infância no cru ambiente neo-realista da Ribeira do Porto.
O filme foi um fracasso comercial e só com o tempo iria dar que falar. Oliveira decidiu, talvez por isso, abandonar outros projectos de filmes e envolveu-se nos negócios da família.
Não perdeu porém a paixão pelo cinema e em 1956 voltou, com O Pintor e a Cidade.

Em 1963, O Acto da Primavera (segunda docuficção portuguesa) marcou uma nova fase do seu percurso. Com este filme, praticamente ao mesmo tempo que António Campos, iniciou Oliveira em Portugal, a prática da antropologia visual no cinema.
Prática essa que seria amplamente explorada por cineastas como João César Monteiro, na ficção, como António Reis, Ricardo Costa e Pedro Costa, no documentário.
O Acto da Primavera e A Caça são obras marcantes na carreira de Manoel de Oliveira. O primeiro filme é representativo enquanto incursão no documentário, trabalhado com técnicas de encenação, o segundo como ficção pura em que a encenação não se esquiva ao gosto do documentário.

A obra cinematográfica de Manoel de Oliveira, até então interrompida por pausas e projectos não-realizados, só a partir da sua futura longa metragem (O Passado e o Presente - 1971) prosseguiria sem quebras nem sobressaltos, por uns trinta anos, até ao final do século.
A teatralidade imanente de O Acto da Primavera, contaminando esta sua segunda ficção, afirmar-se-ia como estilo pessoal, como forma de expressão que Oliveira achou por bem explorar nos seus filmes seguintes, apoiado por reflexões teóricas de amigos e conhecidos comentadores.

A tetralogia dos amores frustrados seria o palco por excelência de toda essa longa experimentação.
O palco seria o plateau, em que o filme falado, em «indizíveis» tiradas teatrais, se tornariam a alma de um cinema puro só por ter o teatro como referência, como origem e fundamento.
Eram assim ditos os amores, ditos eram os seus motivos e ditos ficaram os argumentos de quem nisso viu toda a originalidade do mestre invicto: dito e escrito, com muito peso, sem nenhuma emoção, mas sempre com muito sentimento.

Manoel de Oliveira insiste em dizer que só cria filmes pelo gozo de os fazer, independente da reacção dos críticos.
Apesar dos múltiplos condecorações em festivais tais como o Festival de Cannes, Festival de Veneza, Festival de Montreal e outros bem conhecidos, leva uma vida retirada e longe das luzes da ribalta.

Os seus actores preferidos que entram regularmente nos seus filmes são Luís Miguel Cintra, Leonor Silveira e Diogo Dória.


Prémios e galardões

É professor honorário da Academia de Cinema de Skopje
Recebeu em 2008 o Prémio Mundial do Humanismo

Filmografia

Longas-metragens

2009 - Singularidades de uma Rapariga Loura (em rodagem)
2007 - Cristóvão Colombo – O Enigma
2006 - Belle Toujours
2005 - Espelho Mágico
2004 - O Quinto Império - Ontem Como Hoje
2003 - Um Filme Falado
2002 - O Princípio da Incerteza
2001 - Vou para Casa
2000 - Palavra e Utopia
1999 - A Carta
1998 - Inquietude
1997 - Viagem ao Princípio do Mundo
1996 - Party
1995 - O Convento
1994 - A Caixa
1993 - Vale Abraão
1992 - O Dia do Desespero
1991 - A Divina Comédia
1990 - Non, ou a Vã Glória de Mandar
1988 - Os Canibais
1986 - O Meu Caso
1985 - Le Soulier de Satin
1981 - Francisca
1979 - Amor de Perdição (filme)
1974 - Benilde ou a Virgem Mãe
1972 - O Passado e o Presente
1963 - Acto da Primavera (docuficção)
1942 - Aniki-Bobó

Curtas e médias metragens

2001 - Porto da Minha Infância
1985 - Simpósio Internacional de Escultura em Pedra - Porto
1983 - Lisboa Cultural
1983 - Nice - a propos de Jean Vigo
1982 - Visita ou Memórias e Confissões
1966 - O Pão (documentário)
1965 - As Pinturas do meu irmão Júlio (documentário)
1964 - A Caça
1956 - O Pintor e a Cidade
1941 - Famalicão (filme)
1938 - Já se Fabricam Automóveis em Portugal
1938 - Miramar, Praia das Rosas
1932 - Estátuas de Lisboa
1931 - Douro, Faina Fluvial

Como actor
1994 - Lisbon Story, de Wim Wenders
1980 - Conversa Acabada, de João Botelho
1933 - A Canção de Lisboa, de Cotinelli Telmo
1928 - Fátima Milagrosa, de Rino Lupo

Como supervisor

1970 - Sever do Vouga... Uma Experiência, de Paulo Rocha
1966 - A Propósito da Inauguração de Uma Estátua - Porto 1100 Anos, de Artur Moura, Albino Baganha e António Lopes Fernandes.

in www.wikipedia.pt

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Cinema - Manoel de Oliveira faz hoje 100 anos


Juízo perfeito
"Ouça lá, não acha que já tem idade para ter juízo?" Manoel de Oliveira conduzia desenfreado e quando parou num semáforo ouviu o raspanete. O cineasta, então com 97 anos, corou.
A seu lado, o neto, o actor Ricardo Trêpa, explodiu de riso.


Aos 100 anos, Oliveira é assim: desenfreado, como nos tempos de jovem piloto de corridas e campeão de salto à vara.
Hoje, data de aniversário (o registo de nascimento reporta a dia 12, amanhã), roda algures em Lisboa ‘Singularidades de uma Rapariga Loira’, dono e senhor (diz quem com ele trabalha) de uma lucidez e energia estonteantes.

Cineasta dos planos parados, ele é o mais velho cineasta em actividade, título inscrito no Livro de Recordes do Guinness.
A carreira começou-a ainda jovem, depois de aos 20 anos ingressar na escola de actores de Rino Lupo.
Filho do primeiro fabricante de lâmpadas do País (Francisco José Almada de Oliveira), foi das mãos do pai que recebeu a primeira máquina de filmar, com a qual rodou ‘Douro, Faina Fluvial’ (1931).
"A montagem foi feita em casa do meu pai, em cima de uma mesa de bilhar", contou vezes sem conta o realizador que, de uma vida centenária, só lamenta "a juventude perdida".

Mas se a estreia seduziu a crítica estrangeira não agradou ao público nacional.
Como a maioria dos seus filmes. Oliveira nunca se preocupou com isso: "O facto de Vermeer [pintor holandês] não vender um único quadro (em vida) também não o impediu de continuar a pintar!?", constatou, sábado, em Lisboa.

Nos últimos 20 anos fez um filme por ano. "É o facto de continuar a filmar que não o deixa morrer", diz o realizador e amigo João Botelho. "Tem uma forma de filmar única no Mundo", reforça Mário Barroso, director de fotografia de vários filmes do Mestre. É como se Oliveira tivesse inventado uma nova arte. Porque da Sétima, o cinema, diz o realizador: "Não há outra que espelhe a vida tal qual ela é."

SEM PARAR

Oliveira está em Lisboa a rodar ‘Singularidades de uma Rapariga Loira’, a partir do conto de Eça de Queiroz.
O filme é protagonizado por Catarina Wallenstein e Ricardo Trêpa, neto do cineasta.

CELEBRAÇÕES REÚNEM ALTAS PERSONALIDADES

Ninguém quer deixar de homenagear o cineasta na data do seu centésimo aniversário e, no Porto, a Fundação de Serralves arranca amanhã, às 21h30, com uma cerimónia que contará com a presença de inúmeros ilustres.
À actriz Maria de Medeiros caberá a apresentação do evento.

Já no sábado, a Presidência da República associa-se às comemorações com uma cerimónia no Palácio de Belém, em Lisboa, às 19h30, sucedida de jantar. Cavaco Silva irá condecorar o cineasta com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique na presença de actores e realizadores.

Também alguns canais de televisão, entre os quais a RTP e o Porto Canal, prestam tributo a Oliveira, exibindo alguns dos títulos mais marcantes da sua filmografia e documentários sobre o Mestre, hoje e amanhã à noite.
Em Janeiro, é a prestigiada Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles que homenageia o cineasta pelo "extraordinário contributo para o cinema".

Para breve, numa outra forma de agraciar Oliveira, o ministro da Cultura, José Pinto Ribeiro, conta definir a situação da Casa do Cinema Manoel de Oliveira.
Havendo entendimento, o protocolo que dita a instalação do espólio do cineasta na Casa poderá mesmo vir a ser assinado na festa de Serralves, que deverá contar com as presenças (ainda sujeitas a confirmação) do primeiro-ministro José Sócrates e do ministro da Cultura.

DEPOIMENTOS

"Não devemos celebrá-lo apenas pelos 100 anos, mas também, e fundamentalmente, pela obra fantástica e única", Maria Cavaco Silva - Primeira-dama

"Deixa uma cicatriz no Mundo", Pinto Ribeiro - Ministro da Cultura

"Faz realmente o que lhe apetece, com a máxima liberdade. É um grande criador. Teria todo o gosto em voltar a trabalhar com ele", Maria de Medeiros Actriz, realizadora e cantora

"A sua obra e o seu percurso confundem-se com o próprio cinema português", Isabel Pires de Lima - Deputada e ex-ministra da Cultura

"Ele é português e ajuda o Mundo a compreender melhor o que é ser português", Jean-Michel Frondon - Editor-chefe da ‘Cahiers du Cinéma’

"Toda a gente rejubila, não só por fazer 100 anos, mas por vivê-los em plena vitalidade e talento. É um exemplo animador para os candidatos a centenários como eu", José Hermano Saraiva Historiador

ORDEM DO INFANTE

Recusou as Chaves da Cidade do Porto por um diferendo com Rui Rio, mas receberá a Grã-Cruz da Ordem do Infante

PROJECTOS EM CURSO

Depois de ‘Singularidades de uma Rapariga Loira’, em rodagem, o Mestre quer filmar ‘O Estranho Caso de Angélica’

Sofia Canelas de Castro/Lusa

in www.correiomanha.pt

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Pouca Vergonha em Portugal



Com o 9.º ano, 50 anos de idade e refoma de mais de € 3.000 euros...

GRANDE ESCÂNDALO

O Sr. Presidente da República não deve conhecer esta. Será que alguém lha pode enviar?

Espalhem esta mensagem para as pessoas saberem a verdade.


Apesar de ter apenas 50 anos de idade e de gozar de plena saúde, o socialista Vasco Franco, número dois do PS na Câmara de Lisboa durante as presidências de Jorge Sampaio e de João Soares, está já reformado.
A pensão mensal que lhe foi atribuída ascende a € 3.035 euros (608
contos), um valor bastante acima do seu vencimento como vereador.
A generosidade estatal decorre da categoria com que foi aposentado -
técnico superior de 1ª classe, segundo o «Diário da República» -apesar
de as suas habilitações iterárias se ficarem pelo antigo Curso Geral do Comércio, equivalente ao actual 9º ano de escolaridade.
A contagem do tempo de serviço de Vasco Franco é outro privilégio raro, num país que pondera elevar a idade de reforma para os 68 anos, para evitar a ruptura da Segurança Social.

O dirigente socialista entrou para os quadros do Ministério da Administração Interna em 1972, e dos 30 anos passados só ali cumpriu sete de dedicação exclusiva; três foram para o serviço militar e os restantes 20 na vereação da Câmara de Lisboa, doze dos quais a tempo inteiro.
Vasco Franco diz que é tudo legal e que a lei o autoriza a contar a dobrar 10 dos 12 anos como vereador a tempo inteiro.
Triplicar o salário - Já depois de ter entregue o pedido de reforma, Vasco Franco foi convidado para administrador da Sanest, com um Ordenado líquido de € 4.000 euros mensais (800 contos).
Trata-se de uma sociedade de capitais públicos, comparticipada pelas Câmaras da Amadora, Cascais, Oeiras e Sintra e pela empresa Águas de Portugal, que gere o sistema de saneamento da Costa do Estoril.
O convite partiu do reeleito presidente da Câmara da Amadora, JoaquimRaposo, cuja mulher é secretária de Vasco Franco na Câmara de Lisboa.
O contrato, iniciado em Abril, vigora por um período de 18 meses.
A acumulação de vencimentos foi autorizada pelo Governo mas, nos termos do acordo, o salário de administrador é reduzido em 50% - para € 2.000 euros - a partir de Julho, mês em que se inicia a reforma, disse ao Expresso Vasco Franco.
Não se ficam, no entanto, por aqui os contributos da fazenda pública para o bolo salarial do dirigente socialista reformado.
A somar aos mais de € 5.000 euros da reforma e do lugar de administrador, Vasco Franco recebe ainda mais € 900 euros de outra reforma, por ter sido ferido em combate em Moçambique já depois do 25 de Abril (?????), e cerca de € 250 euros em senhas de presença pela actuação como vereador sem pelouro.
Contas feitas, o novo reformado triplicou o salário que auferia no activo, ganhando agora mais de 1200 contos limpos.
Além de carro, motorista, secretária, assessores e telemóvel.

EU JÁ CUMPRI O MEU DEVER...E TU?

Texto recebido via e-mail

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Stars -Lacuna Coil


Composição: Dubstar

Is it asking too much to be given time
To know these songs and to sing them
Is it asking too much of my vacant smile
And my laugh and lies that bring them

But as the stars are going out
And this stage is full of nothing
And the friends have all but gone
For my life my god I'm singing

We'll take our hearts outside
Leave our lives behind
I'll watch the stars go out
We'll take our hearts outside
Leave our lives behind
I'll watch the stars go out

Is it asking too much of my favorite friends
To take these songs for real
Is it asking too much of my partner's hands
To take these songs in real

But as the stars are going out
And this stage is full of nothing
And the friends have all but gone
For my life my god I'm singing

We'll take our hearts outside
Leave our lives behind
I'll watch the stars go out
We'll take our hearts outside
Leave our lives behind
I'll watch the stars go out

We'll take our hearts outside...
We'll take our hearts outside...

We'll take our hearts outside
Leave our lives behind
I'll watch the stars go out
We'll take our hearts outside
Leave our lives behind
I'll watch the stars go out

We'll take our hearts outside
Leave our lives behind
I'll watch the stars go out
We'll take our hearts outside
Leave our lives behind
I'll watch the stars go out

We'll take our hearts outside
Leave our lives behind
I'll watch the stars go out
We'll take our hearts outside
Leave our lives behind
I'll watch the stars go out

We'll take our hearts outside
Leave our lives behind
I'll watch the stars go out
We'll take our hearts outside
Leave our lives behind
I'll watch the stars go out

domingo, 7 de dezembro de 2008

Morreu o escritor Alçada Baptista


O escritor e jornalista António Alçada Baptista morreu esta tarde, em Lisboa, aos 81 anos. O "escritor de afectos", "com uma sensibilidade feminina", como um dia disse de si próprio, deixa uma vasta obra na área da ficção e ensaio e uma imagem de defensor da liberdade e dos direitos do homem, como frisaram hoje a escritora Inês Pedrosa ou o deputado socialista Manuel Alegre.

Nasceu em 1927 na Covilhã. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, Alçada Baptista, que apenas exerceu advocacia entre 1950 e 1957, tem uma vasta obra literária publicada.
Esteve também ligado ao jornalismo e à edição.
Foi ainda cronista.

Admitindo ter “uma sensibilidade feminina”, Alçada Baptista enquadrava-se, segundo o próprio, entre os raros escritores que não tinham “vergonha dos afectos”: "A minha obra escrita vende-se muito por uma razão simples, porque eu sou talvez o primeiro escritor que não teve vergonha dos afectos", disse um dia o escritor sobre a sua obra - ao todo 14 títulos - que percorreu o ensaio, crónica, novela e o romance.

"A Pesca à Linha - Algumas Memórias", obra assumidamente de memórias e recordações, revelou o profundo sentido afectivo que caracteriza a escrita de Alçada Baptista, enquanto em "Um Olhar à Nossa Volta" deixou o testemunho de uma vivência colectiva registada na década de 70 e 80 marcada por inquietações político-sociais.

Mas foi com "Peregrinação Interior - Reflexões sobre Deus" (1971) e "Peregrinação Interior II - O Anjo da Esperança" (1982) que obteve a unanimidade da crítica e do público. Tem uma escrita influenciada pelo cristianismo e por pensadores como Emmanuel Mounier e Teillard de Chardin.

Da sua obra constam ainda "Documentos Políticos" (crónicas e ensaios, 1970), "O Tempo das Palavras" (1973), "Conversas com Marcello Caetano" (1973), "Os Nós e os Laços" (romance, 1985), "Catarina ou o Sabor da Maçã" (novela, 1988), "Tia Suzana, meu Amor" (romance, 1989) e "O Riso de Deus" (romance, 1994).

Em 1961 e 1969 foi candidato pela Oposição Democrática nas eleições para a Assembleia Nacional e, de 1971 a 1974, foi assessor para a Cultura do então ministro da Educação Nacional, Veiga Simão.
Funcionário da Secretaria de Estado da Cultura desde 1978, presidiu aos trabalhos da criação do Instituto Português do Livro, a que presidiu até 1986.

Foi ainda um dos fundadores da revista “O tempo e o Modo”, que marcou gerações. Era ainda editor da Moraes Editora.

O escritor foi condecorado com a Ordem de Santiago, com a Grã Cruz da Ordem Militar de Cristo pelo Presidente Ramalho Eanes, em 1983 e com a Grã Cruz da Ordem do Infante pelo Presidente Mário Soares, de quem foi colaborador, em 1995.

Sócio da Academia Brasileira de Letras, da Academia das Ciências de Lisboa, e da Academia Internacional de Cultura Portuguesa, foi também presidente da Comissão de Avaliação do Mérito Cultural e administrador da Fundação Oriente.

Esquecer o autor, lembrar a pessoa

Inês Pedrosa, directora da Casa Fernando Pessoa, lembrou, em declarações à TSF, o “homem de causas”: “Foi um homem de causas, dos direitos do homem e da democracia. Mas temo que seja esquecido enquanto escritor para ser lembrado enquanto pessoa”.

Uma figura marcante da cultura portuguesa

O deputado e poeta Manuel Alegre lamentou também a morte do escritor e amigo António Alçada Baptista, de 81 anos, e descreveu-o como uma "figura marcante da cultura portuguesa".
Em declarações à Agência Lusa, Manuel Alegre sublinhou ainda o papel político do ensaísta e romancista nascido na Covilhã, em 1927, "na luta pela democracia em Portugal".

"Era uma figura multifacetada, com uma cultura vastíssima, e um homem muito afectuoso nas suas relações, com os amigos e a família", recordou o poeta.
Lembrou ainda "o papel importante" no estreitamento das relações de Portugal com o Brasil, e com os países africanos de língua oficial portuguesa.

Conversador e terno

O jornalista Baptista Bastos recordou Lusa que "conversar com Alçada Baptista era como assistir a um festival de memórias", a propósito da morte do escritor, hoje aos 81 anos.

"Era uma pessoa muito conversadora e terna. Talvez dos poucos escritores portugueses que não tinham inimigos, tal era a sua generosidade", referiu o jornalista.

Baptista Bastos lamentou que a obra de António Alçada Baptista fosse "um pouco esquecida" e apontou o livro "Peregrinação Interior I - Reflexões Sobre Deus" como sendo um dos livros mais importantes dos últimos 50 anos.

"É uma dramática interrogação do que é ser católico que devia ser lido e relido mais do que uma vez", afirmou.

O jornalista recordou ainda uma viagem que fez ao Brasil com Alçada Baptista juntamente com outros escritores e lembrou o amigo como "um excelente contador de histórias" de quem vai ter "muitas saudades".

Um estilo que marcou a diferença

A escritora Lídia Jorge destacou hoje o estilo de escrita de António Alçada Baptista, porque marcou a diferença pelo "imaginário intimista numa época em que predominava o imaginário social".

Em declarações à Agência Lusa sobre o desaparecimento do escritor de 81 anos, Lídia Jorge salientou que este imaginário diferente, sobre a relação entre as pessoas, "levou alguns a compará-lo a Virgílio Ferreira".

"Tocou-me, por exemplo, porque expunha uma espécie de lado metafísico que não era também comum na altura, e que era muito importante", salientou, comentando que Alçada Baptista "não o fazia com exuberância, mas com recato e delicadeza".

Recordou o impacto que tiveram as obras "Peregrinação Interior - Reflexões sobre Deus" (1971), e "Peregrinação Interior II - O Anjo da Esperança" (1982), sobretudo este último, "único dentro do género".

"A voz dele prolongou-se em romances como 'Os Nós e o Laços'" (1985), acrescentou a romancista, que o conheceu já como presidente do Instituto Português do Livro, nos anos 80 do século passado.

Era "um homem dos livros, defensor dos livros, agregador e embaixador dos escritores, o que foi muito importante na altura, e ainda hoje faz falta", sublinhou ainda a autora.

O corpo vai ser velado na Igreja das Mercês, em Lisboa, sendo amanhã levado para o Cemitério dos Prazeres.

in www.publico.pt

sábado, 6 de dezembro de 2008

Movimento Perpétuo Associativo - Deolinda


Composição: Pedro da Silva Martins

Agora sim, damos a volta a isto!
Agora sim, há pernas para andar!
Agora sim, eu sinto o optimismo!
Vamos em frente, ninguém nos vai parar!

Agora não, que é hora do almoço...
Agora não, que é hora do jantar...
Agora não, que eu acho que não posso...
Amanhã vou trabalhar...

Agora sim, temos a força toda!
Agora sim, há fé neste querer!
Agora sim, só vejo gente boa!
Vamos em frente e havemos vencer!

Agora não, que me dói a barriga...
Agora não, dizem que vai chover...
Agora não, que joga o Benfica...
e eu tenho mais que fazer...

Agora sim, cantamos com vontade!
Agora sim, eu sinto a união!
Agora sim, já ouço a liberdade!
Vamos em frente, é esta a direcção!

Agora não, que falta um impresso...
Agora não, que o meu pai não quer...
Agora não, que há engarrafamentos...
Vão sem mim, que eu vou lá ter...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Entrevista -Sandra Barata Belo


Sandra Barata Belo, a actriz escolhida para o papel da fadista, que é um dos símbolos do Portugal do século XX, agarrou o desafio de recriar décadas de uma vida incomum.
‘Amália – O Filme’ chega amanhã aos cinemas


- Como reagiu à primeira abordagem para fazer de Amália Rodrigues?

- Fiquei muito contente e curiosa porque disseram que andavam à procura da protagonista.
Pediram uma fotografia à minha agência para ir fazer o casting.
Pensei que já tinham actriz escolhida e estavam à procura para outros papéis.
E a minha agente disse: ‘Não, acho que estão mesmo à procura de uma Amália.’
Depois enviaram-me duas cenas do filme e dois playbacks.
Basicamente fiquei cinco dias fechada em casa a procurar no You Tube tudo o que havia com a Amália: mais velha, mais nova, a cantar, a dar entrevistas... E também a decorar e a ouvir repetidamente os dois fados que iria cantar: ‘Foi Deus’ e ‘Estranha Forma de Vida’.
Quando chegou o dia de ir fazer o casting estava pronta.

- Ficou com medo quando a escolheram para fazer de Amália Rodrigues?

- Senti que era uma grande responsabilidade porque ela ainda está muito presente e é adorada por todos.
E ia fazer uma Amália da adolescência até aos 64 anos, o que por si só já seria um grande desafio.

- O que descobriu sobre a fadista ao preparar-se para o papel?

- Não sabia que a Amália era tão existencialista, que arrastava sempre aquela tristeza.
Mas isso era uma contradição com a sua maneira de ser descontraída, com o ter sempre resposta para tudo e com um sentido de humor muito requintado.

- Fez muitas cenas em que a personagem vive uma grande tristeza. Esse sentimento acompanhava-a no final do dia de rodagem?

- Não. Tinha uma equipa fantástica que me soube ajudar. Às vezes acreditavam mais em mim do que eu própria e davam-me confiança.
Mas ficava muito cansada nos dias em que passava o tempo a chorar. Exausta. (risos) Nas cenas de Nova Iorque tinha de controlar muito para não arrancar a prótese [para simular o envelhecimento da fadista] que tinha no rosto.
Era um exercício à minha paciência. Tinha de representar alguém que está a um passo de desistir de tudo quando as próteses não me deixavam sentir as lágrimas na cara. Só me apetecia retirar aquela prótese.

- Alguma vez o desconforto da prótese chegou a converter-se em dor?

- Havia dias em que ficava cinco horas a ser caracterizada. Quando me levantava da cadeira estava pronta para me retirarem o que tinham acabado de pôr.
Foi doloroso mas não me podia queixar, pois sabia que para fazer esta personagem teria de passar por aquilo tudo.
Houve um dia em que fiquei mais de 12 horas com aquilo na cara e a minha pele é muito reactiva: se estou num sítio quente e a seguir vou para um local frio fico vermelha como um tomate.

- Acha que o filme vai alterar a forma como os portugueses vêem Amália Rodrigues?

- Vai ajudar a completar. O público conhece a Amália dos palcos e sabe uma ou outra coisa da vida dela, que até pode ser mentira.
Agora vão perceber porque é que ela cantava daquela maneira.
Por ter uma grande insatisfação, por questionar tudo e mais alguma coisa.

- Os espectadores vão ouvir os fados interpretados pela própria Amália.
Gostava que num futuro DVD aparecesse a sua interpretação?

- Não.

- Mas teve formação para poder cantar?

- Tive aulas de canto e acho que até me safei. Houve alguma evolução.
E mesmo antes tive várias vezes ‘workshops’ de voz. Mas neste caso a formação foi muito específica.
Foi para fazer de Amália, para os fados dela e para a forma particular de cantar o fado: muita tristeza, peito para cima e olhos no infinito.
Tive que perceber como é que ela fazia isto. E estou a cantar muito melhor.

- Sentiu alguma coisa especial nas cenas que foram filmadas na casa de Amália Rodrigues?

- A primeira vez que lá entrei foi muito especial. Ver os espaços onde tudo aquilo poderia ter acontecido...
Não era negativo, porque a Amália não era uma pessoa negativa. Era uma energia benéfica. Mas senti um peso.
Era como se tivesse de desviar o ar para poder passar porque a energia dela está lá. É inevitável. No dia das filmagens toda a equipa sentiu...

- A cama onde se deita no filme é aquela onde Amália dormia?

- É. (pausa) Foi um dos momentos mais difíceis.
Senti-me uma intrusa no quarto de Amália.
Senti que não tinha direito de estar ali e não gostava de ver as pessoas a andarem lá pela casa com cabos, máquinas e projectores.
Fez-me um bocadinho de confusão. Mas tinha de aproveitar todo esse incómodo e transpô-lo para a cena.

- Entre os vários interesses românticos da sua personagem elege algum?

- Acho que ela nunca soube o que era melhor para ela. Como é que eu vou saber?

- Tem alguma cena preferida?

- Muitas.

- Não destaca nenhuma?

- Cada idade tem a sua graça e eu fiz várias.
Cada uma tem a sua cena. Olho para as cenas como as mães olham para os filhos. Não consigo identificar uma predilecta.
Há algumas de que gosto menos mas não vale a pena dizer quais são.

- Se estivesse frente a frente com os familiares de Amália que tentaram impedir as filmagens e a estreia do filme com uma providência cautelar, o que lhes diria?

- Tentaria perceber se viram a Amália em mim.
O meu trabalho não foi escrever, foi recriá-la. Gostava que me dissessem os momentos em que viram mais a Amália e os momentos em que viram menos.








PERFIL

Sandra barata belo Estreia-se no cinema aos 30 anos com ‘Amália – O Filme’, mas já tem uma longa carreira como actriz.
A 'lisboeta de gema' pisou o palco pela primeira vez em 1996 e entrou na telenovela ‘Chiquititas’.

REALIZADOR QUER TER 400 MIL ESPECTADORES

Carlos Coelho da Silva espera ultrapassar os 400 mil espectadores conseguidos por ‘O Crime do Padre Amaro’, também realizado por si, com ‘Amália – O Filme’, que estreia amanhã em 72 cinemas.

Apesar da 'impiedosa realidade dos orçamentos' que levou Espinho a fazer de Copacabana – 'Foi o único sítio onde arranjámos calçada portuguesa junto ao mar e sem obstáculos', explica –, está satisfeito com o resultado e consegue imaginar-se como autor da primeira longa--metragem portuguesa nomeada para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. 'Pode chegar aí.
Tem valores de produção e de representação, uma figura conhecida e a interpretação da Sandra', disse ao CM.

A escolha de Sandra Barata Belo, chamada para um casting tal como nove outras actrizes com 'potencial dramático e alguma parecença' com Amália Rodrigues, deveu-se inicialmente aos seus olhos.
'Percebi que a semelhança estava lá e principalmente no olhar distante e enigmático', explica o realizador.

in www.correiomanha.pt

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O Grito - Edvard Munch



Este quadro de Edvard Much é uma obra de arte do final do século XIX e na minha opinião é bem representativa de algumas angústias que se iam sentindo naquele período de tempo.
Mas para outras pessoas este quadro é apenas um belo quadro pintado com cores quentes, muito características do período do expressionismo (Azul, Vermelho, Amarelo, etc.) e que representa uma pessoa a gritar por qualquer motivo ou então a pedir ajuda.
Ainda poderá haver uma outra interpretação para este quadro e que poderá estar relacionada com o facto da irmã de Edvard Munch sofrer da Doença Bipolar, o que fazia com a família de Munch sofresse de uma grande angústia.
Mas há quem sugira que o quadro o grito remete para um tsunami e as pessoas gritam com medo, com pânico, etc.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

If you leave - OMD


If you leave, don’t leave now
Please don’t take my heart away
Promise me, just one more night
Then we’ll go our separate ways
We’ve always had time on our sides
Now it’s fading fast
Every second, every moment
We’ve got to, We’ve got to make it last

I touched you once, I touched you twice
I won’t let go at any price
I need you now like I needed you then
You always said we'd still be friends someday

If you leave I won't cry
I won't waste one single day
But if you leave don't look back
I'll be running the other way
Seven years went under the bridge
Like time was standing still
Heaven knows what happens now
You’ve got to, You’ve got to say you will

I touched you once, I touched you twice
I won't let go at any price
I need you now like I needed you then
You always said we'd meet again

I touched you once, I touched you twice
I won’t let go at any price
I need you now like I needed you then
You always said we’d still be friends

I touched you once, I touched you twice
I won’t let go at any price
I need you now like I needed you then
You always said we'd meet again someday

ohwoah ohwoah ohwoah ohwoah ohwoah

If you leave (ohwoah)
If you leave (ohwoah)
If you leave (ohwoah)
Don’t look back
Don’t look back

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Revolução de 1640


Restauração da Independência

A Restauração da Independência é a designação dada à revolta iniciada em 1 de Dezembro de 1640 contra a tentativa de anulação da independência do Reino de Portugal por parte da dinastia filipina, e que vem a culminar com a instauração da Dinastia Portuguesa da casa de Bragança. É comemorada anualmente em Portugal por um feriado no dia 1 de Dezembro.


Antecedentes


D. Sebastião, um rei jovem e aventureiro, habituado a ouvir as façanhas das cruzadas e histórias de conquistas além-mar, quis conquistar o Norte de África em sua luta contra os mouros. Na batalha de Alcácer Quibir no Norte de África, os portugueses foram derrotados e D. Sebastião desapareceu.
E os guerreiros diziam cada um a sua história.
O desaparecimento de D. Sebastião (1557-1578) na batalha de Alcácer-Quibir, apesar da sucessão do Cardeal D. Henrique (1578-1580), deu origem a uma crise dinástica.

Nas Cortes de Tomar de 1581, Filipe II de Espanha é aclamado rei, jurando os foros, privilégios e mais franquias do Reino de Portugal. ~
Durante seis décadas Portugal ficou privado de rei natural, sob o que se tem designado por "domínio filipino".

Com o primeiro dos Filipes (I de Portugal, II de Espanha), não foi atingida de forma grave a autonomia política e administrativa do Reino de Portugal.
Com Filipe III de Espanha, porém, começam os actos de desrespeito ao juramento de Filipe II em Tomar.
Em 1610, surgiu um primeiro sinal de revolta portuguesa contra o centralismo castelhano, na recusa dos regimentos de Lisboa a obedecer ao marquês San-Germano que de Madrid fora enviado para comandar um exército português.

No início do reinado de Filipe III, ao estabelecer-se em Madrid a política centralista do Conde-duque de Olivares, o seu projecto visava a anulação da autonomia portuguesa, absorvendo por completo o reino de Portugal.
Na "Instrucción sobre el gobierno de España", que o Conde-Duque de Olivares apresentou ao rei Filipe IV, em 1625, tratava-se do planeamento e da execução da fase final da sua absorção, indicando três caminhos:

1º - Realizar uma cuidadosa política de casamentos, para confundir e unificar os vassalos de Portugal e de Espanha;
2º - Ir o rei Filipe IV fazer corte temporária em Lisboa;
3º - Abandonar definitivamente a letra e o espírito dos capítulos das Cortes de Tomar (1581), que colocava na dependência do Governo autónomo de Portugal os portugueses admitidos nos cargos militares e administrativos do Reino e do Ultramar (Oriente, África e Brasil), passando estes a ser Vice-reis, Embaixadores e oficiais palatinos de Espanha.
A política de casamentos seria talvez a mais difícil de concretizar, conseguindo-se ainda assim o casamento de Dona Luísa de Gusmão com o Duque de Bragança, a pensar que dele sairiam frutos de confusão e de unificação entre Portugal e Espanha.
O resultado veio a ser bem o contrário.

A reacção à política fiscal de Filipe IV vai tomar a dianteira no processo que conduz à Restauração de 1640.
Logo em 1628, surge no Porto o " Motim das Maçarocas", contra o imposto do linho fiado.
Mas vão ser as " Alterações de Évora", em Agosto de 1637, a abrir definitivamente o caminho à Revolução.

Nas "Alterações de Évora", o povo da cidade deixava de obedecer aos fidalgos e desrespeitava o arcebispo.
A elevação do imposto do real de água e a sua generalização a todo o Reino de Portugal, bem como o aumento das antigas sisas, fez subir a indignação geral, explodindo em protestos e violências.
O contágio do seu exemplo atingiu quase de imediato Sousel e Crato; depois, as revoltas propagaram-se a Santarém, Tancos, Abrantes, Vila Viçosa, Porto, Viana do Castelo, a várias vilas do Algarve, a Bragança e à Beira.

Em 7 de Junho de 1640 surgia também a revolta na Catalunha contra o centralismo do Conde-Duque de Olivares.
O próprio Filipe IV manda apresentar-se, em Madrid, o duque de Bragança, para o acompanhar à Catalunha e cooperar no movimento de repressão a que ia proceder.
O duque de Bragança recusou-se a obedecer a Filipe IV.
Muitos nobres portugueses receberam semelhante convocatória, recusando-se também a obedecer a Madrid.

Sob o poder de Filipe III, o desrespeito pelo juramento de Tomar (1581) tinha-se tornado insuportável: nomeados nobres espanhóis para lugares de chefia militar em Portugal; feito o arrolamento militar para guerra da Catalunha; lançados novos impostos sem a autorização das Cortes.
Isto enquanto a população empobrecia; os burgueses estavam afectados nos seus interesses comerciais; e o Império Português era ameaçado por ingleses e holandeses perante a impotência ou desinteresse da coroa filipina.

Portugal achava-se envolvido nas controvérsias europeias que a coroa filipina estava a atravessar, com muitos riscos para a manutenção dos territórios coloniais, com grandes perdas para os ingleses e, principalmente, para os holandeses em África (São Jorge da Mina, 1637), no Oriente (Ormuz, em 1622 e o Japão, em 1639) e fundamentalmente no Brasil (Salvador, Bahia, em 1624; Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe desde 1630).

Em 12 de Outubro, em casa de D. Antão de Almada, reuniram-se D. Miguel de Almeida, Francisco de Melo e seu irmão Jorge de Melo, Pedro de Mendonça Furtado, António de Saldanha e João Pinto Ribeiro.
Decidiu-se então ir chamar o Duque de Bragança a Vila Viçosa para que este assumisse o seu dever de defesa da autonomia portuguesa, assumindo o Ceptro e a Coroa de Portugal.

No dia 1 de Dezembro de 1640, eclodiu por fim em Lisboa a revolta, imediatamente apoiada por muitas comunidades urbanas e concelhos rurais de todo o país, levando à instauração da Casa de Bragança no trono de Portugal.


Guerra da Restauração

Finalmente, um sentimento profundo de autonomia estava a crescer e foi consumado na revolta de 1640, na qual um grupo de conspiradores da nobreza aclamou o duque de Bragança como Rei de Portugal, com o título de D. João IV (1640-1656), dando início à quarta Dinastia – Dinastia de Bragança.

O esforço nacional foi mantido durante vinte e oito anos, com o qual foi possível suster as sucessivas tentativas de invasão dos exércitos de Filipe III e vencê-los nas mais importantes batalhas, assinando o tratado de paz definitivo em 1668.
Esses anos foram bem sucedidos devido à conjugação de diversas vertentes como a coincidência das revoltas na Catalunha, os esforços diplomáticos da Inglaterra, França, Holanda e Roma, a reorganização do exército português, a reconstrução de fortalezas e a consolidação política e administrativa.

Paralelamente, as tropas portuguesas conseguiram expulsar os holandeses do Brasil, como também de Angola e de São Tomé e Príncipe (1641-1654), restabelecendo o poder atlântico português.
No entanto, as perdas no Oriente tornaram-se irreversíveis e Ceuta ficaria na posse dos Habsburgo.
Devido a estarem indisponíveis as mercadorias indianas, Portugal passou a só obter lucro com a cana-de-açúcar do Brasil.

in www.wikipédia.pt