quinta-feira, 30 de abril de 2009

Ministro da Cultura e presidente da câmara abrem Feira do Livro de Lisboa -79.ª edição inaugurada hoje



O ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, e o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, inauguram hoje a 79.ª Feira do Livro de Lisboa, no Parque Eduardo VII.
Organizada pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), a Feira do Livro de Lisboa estreia 220 pavilhões e novos horários, estando aberta até 17 de Maio.
O Brasil é o "convidado de honra" da Feira, estando prevista a participação de vários escritores brasileiros, nomeadamente Laurentino Gomes, Fabiano dos Santos e Cristovão Tezza.
Além dos discursos da cerimónia de inauguração, pelas 17h00, no novo auditório da Feira, o ministro da Cultura, o presidente da Câmara de Lisboa, a vereadora da Cultura, Rosália Vargas, e o presidente da APEL, Rui Beja, percorrerão o recinto e visitarão os diferentes pavilhões.
Além dos 220 pavilhões, o certame inclui outros 16 específicos do Grupo Leya, que, tal como no ano passado, formará uma "praça".
A Feira, sob o lema "Viver a leitura", apresenta-se renovada e inclui quatro praças: a central, para vários eventos ligados à dinamização da leitura e ao combate à iliteracia; outra, infanto-juvenil, onde decorrerá uma mini-feira do livro e marcará presença o computador portátil Magalhães; uma dirigida ao público jovem; e uma quarta dedicada ao Brasil, onde se desenrolarão as actividades do país convidado.
A feira, no Parque Eduardo VII, de segunda a quinta-feira, abrirá às 12h30 e encerrará às 20h30. Às sextas-feiras, sábados e vésperas de feriado encerrará às 23h00. Às sextas-feiras manterá o horário de abertura às 12h30, enquanto aos sábados, domingos e feriados abrirá às 11h00, encerrando aos domingos às 22h00.

in www.publico.pt

quarta-feira, 29 de abril de 2009

A Minha Dor


A minha Dor é um convento ideal
Cheio de claustros, sombras, arcarias,
Aonde a pedra em convulsões sombrias
Tem linhas dum requinte escultural.

Os sinos têm dobres de agonias
Ao gemer, comovidos, o seu mal...
E todos têm sons de funeral
Ao bater horas, no correr dos dias...

A minha Dor é um convento. Há lírios
Dum roxo macerado de martírios,
Tão belos como nunca os viu alguém!

Nesse triste convento aonde eu moro,
Noites e dias rezo e grito e choro,
E ninguém ouve... ninguém vê... ninguém...

Florbela Espanca

terça-feira, 28 de abril de 2009

Salada de Frutas


Igredientes
6 rodela(s) de ananás
3 pêssegos
2 pêra(s)
2 maçã (s)
2 banana(s)
1 laranja(s)
q.b. de limão em sumo
q.b. de açúcar
10 cerejinhas de conserva

Preparação
Descasca-se a fruta corta-se aos bocados (ao gosto de cada um, o tamanho dos bocados).
Depois de cortada a fruta, a mesma cobre-se com sumo da propria (se usar fruta enlatada pode usar o sumo que vem na lata).
Mistura-se o açucar, e mexe-se, quando estiver numa taça grande, põe-se uns pingos de limão para a salada não escurecer.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Nuno Álvares Pereira




Nuno Álvares Pereira (24 de Junho 1360 - 1 de Novembro 1431), também conhecido como o Santo Condestável ou Beato Nuno de Santa Maria foi um general português do século XIV que desempenhou um papel fundamental na crise de 1383-1385, onde Portugal jogou a sua independência contra Castela.


Biografia

Nuno Álvares Pereira nasceu na vila de Cernache do Bonjardim, concelho da Sertã, distrito de Castelo Branco. Casou com Leonor de Alvim no ano de 1377 em Vila Nova da Rainha, freguesia do concelho de Azambuja.
Quando o rei Fernando de Portugal morreu em 1383, sem herdeiros a não ser a princesa Beatriz casada com o rei João I de Castela, Nuno foi um dos primeiros nobres a apoiar as pretensões de João, o Mestre de Avis à coroa. Apesar de ser filho ilegítimo de Pedro I de Portugal, João afigurava-se como uma hipótese preferível à perda de independência para os castelhanos.
Depois da primeira vitória de Álvares Pereira frente aos castelhanos na batalha dos Atoleiros em Abril de 1384, João de Avis nomeia-o Condestável de Portugal e Conde de Ourém.

A 6 de Abril de 1385, João é reconhecido pelas cortes reunidas em Coimbra como Rei de Portugal. Esta posição de força portuguesa desencadeia uma resposta à altura em Castela. João de Castela invade Portugal com vista a proteger os interesses de sua mulher Beatriz.
Álvares Pereira toma o controlo da situação no terreno e inicia uma série de cercos a cidades leais a Castela, localizadas principalmente no Norte do país. A 14 de Agosto, Álvares Pereira mostra o seu génio militar ao vencer a Batalha de Aljubarrota à frente de um pequeno exército de 6.000 portugueses e aliados ingleses, contra as 30.000 tropas castelhanas.
A batalha viria a ser decisiva no fim da instabilidade política de 1383-1385 e na consolidação da independência portuguesa. Finda a ameaça castelhana, Nuno Álvares Pereira permaneceu como condestável do reino e tornou-se Conde de Arraiolos e Barcelos.
Entre 1385 e 1390, ano da morte de João de Castela, dedicou-se a realizar "raides" contra a fronteira de Castela, com o objectivo de manter a pressão e dissuadir o país vizinho de novos ataques.

Do seu casamento com Leonor de Alvim, o Condestável teve apenas uma filha, Beatriz Pereira Alvim, que se tornou mulher de Afonso, o primeiro Duque de Bragança. Lembrado como um dos melhores generais portugueses, abraça, nos últimos anos, a vida religiosa carmelita.


Vida religiosa


Após a morte da sua mulher, tornou-se carmelita (entrou na Ordem em 1423, no Convento do Carmo, em Lisboa, que fundara como cumprimento de um voto). Toma o nome de Irmão Nuno de Santa Maria.

Permanece no Convento do Carmo até à morte, ocorrida em 1 de Abril de 1431, um domingo de Páscoa.

Durante o seu último ano de vida, o Rei D. João I fez-lhe uma visita no Carmo. D. João sempre considerou que fora Nuno Álvares Pereira o seu mais próximo amigo, que o colocara no trono e salvara a independência de Portugal.

O túmulo de Nuno Álvares Pereira foi destruído no Terramoto de 1755.
O seu epitáfio (inscrição tumular) era:

"Aqui jaz o famoso Nuno, o Condestável, fundador da Casa de Bragança, excelente general, beato monge, que durante a sua vida na terra tão ardentemente desejou o Reino dos Céus depois da morte, e mereceu a eterna companhia dos Santos. As suas honras terrenas foram incontáveis, mas voltou-lhes as costas. Foi um grande Príncipe, mas fez-se humilde monge. Fundou, construiu e dedicou esta igreja onde descansa o seu corpo."

domingo, 26 de abril de 2009

É na Praça de São Pedro que vai decorrer a canonização -Centenas vêm assistir à cerimónia em que o Papa canoniza D. Nuno Álvares Pereira



Salvador, de 20 anos, estudante de Gestão na Universidade Católica Portuguesa (UCP), admite que pouco mais sabe acerca do Condestável do que o facto de ele se ajoelhar antes de cada batalha. E de ter entregue "tudo" para se dedicar a Deus. Lopo, de 20 anos, estuda Agronomia e aprecia que, mesmo como guerreiro, D. Nuno Álvares Pereira tenha sempre procurado "encontrar Jesus". E Martim, de 22, aluno de Direito na UCP, orgulha-se do novo santo português que amanhã será canonizado pelo Papa Bento XVI: "Um exemplo de vida".

Os três estudantes portugueses vieram a Roma integrados num grupo dinamizado pelo padre Hugo Santos, capelão da Universidade Católica. São 14, todos rapazes, além do animador. A maior parte dos grupos organizados que vêm para assistir à cerimónia só começou a chegar a Roma durante a tarde de ontem.

Desde manhã que, na Praça de São Pedro do Vaticano, há bichas permanentes de milhares de pessoas para entrar na basílica - e para ver o túmulo de João Paulo II, que continua a atrair muitos dos visitantes.

Enquanto as filas se sucedem, os três estudantes destacam as virtudes que encontram no Condestável do Reino. Nuno Álvares Pereira liderou o exército de D. João I contra Castela, na batalha de Aljubarrota. Nos últimos anos de vida, despojou-se de bens e títulos, professando como carmelita no Convento do Carmo.

"O Condestável deu tudo e entregou-se a Deus", diz Salvador Pinto Leite. "A vida dele prova que um militar também pode ter uma vida ligada a Deus, pois soube conciliar a sua vida com a fé e, no final, entregou o que tinha." Esta entrega é o mais importante, diz. "O ajoelhar antes das batalhas acaba por ser um pormenor."

A aproximação a alguns dos lugares mais simbólicos do catolicismo é uma das coisas importantes para Lopo de Carvalho. "Estar aqui em Roma, nestes ambientes católicos, é mais interessante do que estar no dia-a-dia com algumas pessoas", afirma.

O padre Hugo Santos confirma. O grupo já visitou basílicas como São Pedro, São João de Latrão e Santa Maria Maior, o Panteão de Roma ou também a Fontana di Trevi. Uma das coisas que mais tem sensibilizado os jovens é a "presença física" que o grupo sente, através de alguns santos sepultados em igrejas de Roma.

Lopo entende que D. Nuno fez o que lhe competia, na época. E que a Igreja Católica faz bem em propô-lo como modelo, mesmo se hoje o entendimento acerca da guerra mudou no catolicismo. "Sendo guerreiro, ele encontrava Jesus." Martim Pizarro acrescenta que a santidade do Condestável é comum "a todos os santos". E que a sua canonização contribuirá para o modo como cada um deve viver a sua fé: "Temos que ser coerentes". E, mesmo falando de alguém que ficou conhecido na história portuguesa pela sua faceta militar, Lopo acrescenta: "O que interessa é o amor".

in www.publico.pt

sábado, 25 de abril de 2009

Ode Modernista - Álvaro de Campos


À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.

Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!

Em febre e olhando os motores como a uma Natureza tropical -
Grandes trópicos humanos de ferro e fogo e força -
Canto, e canto o presente, e também o passado e o futuro,
Porque o presente é todo o passado e todo o futuro
E há Platão e Virgílio dentro das máquinas e das luzes eléctricas
Só porque houve outrora e foram humanos Virgílio e Platão,
E pedaços do Alexandre Magno do século talvez cinquenta,
Átomos que hão-de ir ter febre para o cérebro do Ésquilo do século cem,
Andam por estas correias de transmissão e por estes êmbolos e por estes volantes,
Rugindo, rangendo, ciciando, estrugindo, ferreando,
Fazendo-me um acesso de carícias ao corpo numa só carícia à alma.

Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!
Ser completo como uma máquina!
Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!
Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto,
Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento
A todos os perfumes de óleos e calores e carvões
Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!

Fraternidade com todas as dinâmicas!
Promíscua fúria de ser parte-agente
Do rodar férreo e cosmopolita
Dos comboios estrénuos,
Da faina transportadora-de-cargas dos navios,
Do giro lúbrico e lento dos guindastes,
Do tumulto disciplinado das fábricas,
E do quase-silêncio ciciante e monótono das correias de transmissão!

Horas europeias, produtoras, entaladas
Entre maquinismos e afazeres úteis!
Grandes cidades paradas nos cafés,
Nos cafés - oásis de inutilidades ruidosas
Onde se cristalizam e se precipitam
Os rumores e os gestos do Útil
E as rodas, e as rodas-dentadas e as chumaceiras do Progressivo!
Nova Minerva sem-alma dos cais e das gares!
Novos entusiasmos de estatura do Momento!
Quilhas de chapas de ferro sorrindo encostadas às docas,
Ou a seco, erguidas, nos planos-inclinados dos portos!
Actividade internacional, transatlântica, Canadian-Pacific!
Luzes e febris perdas de tempo nos bares, nos hotéis,
Nos Longchamps e nos Derbies e nos Ascots,
E Piccadillies e Avenues de L'Opéra que entram
Pela minh'alma dentro!

Hé-lá as ruas, hé-lá as praças, hé-lá-hô la foule!
Tudo o que passa, tudo o que pára às montras!
Comerciantes; vários; escrocs exageradamente bem-vestidos;
Membros evidentes de clubes aristocráticos;
Esquálidas figuras dúbias; chefes de família vagamente felizes
E paternais até na corrente de oiro que atravessa o colete
De algibeira a algibeira!
Tudo o que passa, tudo o que passa e nunca passa!
Presença demasiadamente acentuada das cocotes
Banalidade interessante (e quem sabe o quê por dentro?)
Das burguesinhas, mãe e filha geralmente,
Que andam na rua com um fim qualquer;
A graça feminil e falsa dos pederastas que passam, lentos;
E toda a gente simplesmente elegante que passeia e se mostra
E afinal tem alma lá dentro!

(Ah, como eu desejaria ser o souteneur disto tudo!)

A maravilhosa beleza das corrupções políticas,
Deliciosos escândalos financeiros e diplomáticos,
Agressões políticas nas ruas,
E de vez em quando o cometa dum regicídio
Que ilumina de Prodígio e Fanfarra os céus
Usuais e lúcidos da Civilização quotidiana!

Notícias desmentidas dos jornais,
Artigos políticos insinceramente sinceros,
Notícias passez à-la-caisse, grandes crimes -
Duas colunas deles passando para a segunda página!
O cheiro fresco a tinta de tipografia!
Os cartazes postos há pouco, molhados!
Vients-de-paraître amarelos como uma cinta branca!
Como eu vos amo a todos, a todos, a todos,
Como eu vos amo de todas as maneiras,
Com os olhos e com os ouvidos e com o olfacto
E com o tacto (o que palpar-vos representa para mim!)
E com a inteligência como uma antena que fazeis vibrar!
Ah, como todos os meus sentidos têm cio de vós!

Adubos, debulhadoras a vapor, progressos da agricultura!
Química agrícola, e o comércio quase uma ciência!
Ó mostruários dos caixeiros-viajantes,
Dos caixeiros-viajantes, cavaleiros-andantes da Indústria,
Prolongamentos humanos das fábricas e dos calmos escritórios!

Ó fazendas nas montras! Ó manequins! Ó últimos figurinos!
Ó artigos inúteis que toda a gente quer comprar!
Olá grandes armazéns com várias secções!
Olá anúncios eléctricos que vêm e estão e desaparecem!
Olá tudo com que hoje se constrói, com que hoje se é diferente de ontem!
Eh, cimento armado, beton de cimento, novos processos!
Progressos dos armamentos gloriosamente mortíferos!
Couraças, canhões, metralhadoras, submarinos, aeroplanos!
Amo-vos a todos, a tudo, como uma fera.
Amo-vos carnivoramente.
Pervertidamente e enroscando a minha vista
Em vós, ó coisas grandes, banais, úteis, inúteis,
Ó coisas todas modernas,
Ó minhas contemporâneas, forma actual e próxima
Do sistema imediato do Universo!
Nova Revelação metálica e dinâmica de Deus!

Ó fábricas, ó laboratórios, ó music-halls, ó Luna-Parks,
Ó couraçados, ó pontes, ó docas flutuantes -
Na minha mente turbulenta e encandescida
Possuo-vos como a uma mulher bela,
Completamente vos possuo como a uma mulher bela que não se ama,
Que se encontra casualmente e se acha interessantíssima.

Eh-lá-hô fachadas das grandes lojas!
Eh-lá-hô elevadores dos grandes edifícios!
Eh-lá-hô recomposições ministeriais!
Parlamentos, políticas, relatores de orçamentos,
Orçamentos falsificados!
(Um orçamento é tão natural como uma árvore
E um parlamento tão belo como uma borboleta).

Eh-lá o interesse por tudo na vida,
Porque tudo é a vida, desde os brilhantes nas montras
Até à noite ponte misteriosa entre os astros
E o mar antigo e solene, lavando as costas
E sendo misericordiosamente o mesmo
Que era quando Platão era realmente Platão
Na sua presença real e na sua carne com a alma dentro,
E falava com Aristóteles, que havia de não ser discípulo dele.

Eu podia morrer triturado por um motor
Com o sentimento de deliciosa entrega duma mulher possuída.
Atirem-me para dentro das fornalhas!
Metam-me debaixo dos comboios!
Espanquem-me a bordo de navios!
Masoquismo através de maquinismos!
Sadismo de não sei quê moderno e eu e barulho!

Up-lá hô jockey que ganhaste o Derby,
Morder entre dentes o teu cap de duas cores!

(Ser tão alto que não pudesse entrar por nenhuma porta!
Ah, olhar é em mim uma perversão sexual!)

Eh-lá, eh-lá, eh-lá, catedrais!
Deixai-me partir a cabeça de encontro às vossas esquinas.

E ser levado da rua cheio de sangue
Sem ninguém saber quem eu sou!

Ó tramways, funiculares, metropolitanos,
Roçai-vos por mim até ao espasmo!
Hilla! hilla! hilla-hô!
Dai-me gargalhadas em plena cara,
Ó automóveis apinhados de pândegos e de...,
Ó multidões quotidianas nem alegres nem tristes das ruas,
Rio multicolor anónimo e onde eu me posso banhar como quereria!
Ah, que vidas complexas, que coisas lá pelas casas de tudo isto!
Ah, saber-lhes as vidas a todos, as dificuldades de dinheiro,
As dissensões domésticas, os deboches que não se suspeitam,
Os pensamentos que cada um tem a sós consigo no seu quarto
E os gestos que faz quando ninguém pode ver!
Não saber tudo isto é ignorar tudo, ó raiva,
Ó raiva que como uma febre e um cio e uma fome
Me põe a magro o rosto e me agita às vezes as mãos
Em crispações absurdas em pleno meio das turbas
Nas ruas cheias de encontrões!

Ah, e a gente ordinária e suja, que parece sempre a mesma,
Que emprega palavrões como palavras usuais,
Cujos filhos roubam às portas das mercearias
E cujas filhas aos oito anos - e eu acho isto belo e amo-o! -
Masturbam homens de aspecto decente nos vãos de escada.
A gentalha que anda pelos andaimes e que vai para casa
Por vielas quase irreais de estreiteza e podridão.
Maravilhosamente gente humana que vive como os cães
Que está abaixo de todos os sistemas morais,
Para quem nenhuma religião foi feita,
Nenhuma arte criada,
Nenhuma política destinada para eles!
Como eu vos amo a todos, porque sois assim,
Nem imorais de tão baixos que sois, nem bons nem maus,
Inatingíveis por todos os progressos,
Fauna maravilhosa do fundo do mar da vida!

(Na nora do quintal da minha casa
O burro anda à roda, anda à roda,
E o mistério do mundo é do tamanho disto.
Limpa o suor com o braço, trabalhador descontente.
A luz do sol abafa o silêncio das esferas
E havemos todos de morrer,
Ó pinheirais sombrios ao crepúsculo,
Pinheirais onde a minha infância era outra coisa
Do que eu sou hoje...)

Mas, ah outra vez a raiva mecânica constante!
Outra vez a obsessão movimentada dos ónibus.
E outra vez a fúria de estar indo ao mesmo tempo dentro de todos os comboios
De todas as partes do mundo,
De estar dizendo adeus de bordo de todos os navios,
Que a estas horas estão levantando ferro ou afastando-se das docas.
Ó ferro, ó aço, ó alumínio, ó chapas de ferro ondulado!
Ó cais, ó portos, ó comboios, ó guindastes, ó rebocadores!

Eh-lá grandes desastres de comboios!
Eh-lá desabamentos de galerias de minas!
Eh-lá naufrágios deliciosos dos grandes transatlânticos!
Eh-lá-hô revoluções aqui, ali, acolá,
Alterações de constituições, guerras, tratados, invasões,
Ruído, injustiças, violências, e talvez para breve o fim,
A grande invasão dos bárbaros amarelos pela Europa,
E outro Sol no novo Horizonte!

Que importa tudo isto, mas que importa tudo isto
Ao fúlgido e rubro ruído contemporâneo,
Ao ruído cruel e delicioso da civilização de hoje?
Tudo isso apaga tudo, salvo o Momento,
O Momento de tronco nu e quente como um fogueiro,
O Momento estridentemente ruidoso e mecânico,
O Momento dinâmico passagem de todas as bacantes
Do ferro e do bronze e da bebedeira dos metais.

Eia comboios, eia pontes, eia hotéis à hora do jantar,
Eia aparelhos de todas as espécies, férreos, brutos, mínimos,
Instrumentos de precisão, aparelhos de triturar, de cavar,
Engenhos brocas, máquinas rotativas!

Eia! eia! eia!
Eia electricidade, nervos doentes da Matéria!
Eia telegrafia-sem-fios, simpatia metálica do Inconsciente!
Eia túneis, eia canais, Panamá, Kiel, Suez!
Eia todo o passado dentro do presente!
Eia todo o futuro já dentro de nós! eia!
Eia! eia! eia!
Frutos de ferro e útil da árvore-fábrica cosmopolita!
Eia! eia! eia! eia-hô-ô-ô!
Nem sei que existo para dentro. Giro, rodeio, engenho-me.
Engatam-me em todos os comboios.
Içam-me em todos os cais.
Giro dentro das hélices de todos os navios.
Eia! eia-hô! eia!
Eia! sou o calor mecânico e a electricidade!

Eia! e os rails e as casas de máquinas e a Europa!
Eia e hurrah por mim-tudo e tudo, máquinas a trabalhar, eia!

Galgar com tudo por cima de tudo! Hup-lá!

Hup-lá, hup-lá, hup-lá-hô, hup-lá!
Hé-la! He-hô! H-o-o-o-o!
Z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z!

Ah não ser eu toda a gente e toda a parte!





Londres, 1914 - Junho.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Judoca venceu final de 57 kg - Telma Monteiro campeã da Europa



Telma Monteiro sagrou-se campeã europeia de judo,na categoria menos 57 quilos, após vencer na final a britânica Sarah Clark, em Tbilissi, Geórgia.
Num combate muito equilibrado, o júri decidiu-se no final por atribuir a medalha de ouro à judoca portuguesa.
Foi a primeira vez que as duas judocas se defrontaram, tendo em conta que grande parte do percurso de ambas foi realizado em pesos diferentes: Telma Monteiro nos -52kg e Sarah Clark nos -63 kg.
O combate de hoje prolongou-se até ao final do "ponto de ouro" e com decisão dos juízes, tendo os três levantado a bandeira favorável a Telma Monteiro, que conquistou o seu terceiro título europeu (primeiro nesta categoria), depois de 2006 e 2007.
Clark, que tem como maior troféu o título nos Europeus de Tampere (Finlândia), em 2006, desceu este ano de peso, trocando os -63 kg pelos -57 kg, seguindo o caminho inverso da portuguesa, que após os Jogos de Pequim também mudou de categoria, mas subindo dos -52 kg para os -57 kg.
Na final foi um combate disputado até ao limite, esgotando-se os primeiros cinco minutos e entrando-se depois no "ponto de ouro" (mais três minutos), período em que nenhuma das judocas conseguiu qualquer vantagem, remetendo a decisão para os árbitros.

in www.correiomanha.pt

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Bolo de Ananás


Ingredientes:

6 ovos
1 lata de ananás
350 grs de açúcar
400 grs de farinha de trigo
150 grs de manteiga ou margarina
2 colheres de chá de fermento em pó
200 grs de açúcar para o caramelo
1 dl de água

Confecção:


Com os 200 grs de açúcar e a água faça um caramelo não muito escuro.
Com o caramelo barre uma forma com chaminé e forre toda a forma com o ananás às rodelas ou aos bocados.
Bate-se muito bem a manteiga com o açúcar.
Juntam-se os ovos um a um , batendo sempre para ligar.
Deita-se a farinha misturada com o fermento envolvendo muito bem.
Deita-se a massa na forma e leva-se ao forno (médio) para cozer durante +- 1 hora convém verificar.
Depois de cozido o bolo deixe arrefecer um pouco desenforme e decore com rosetas de chantilly.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

Human - The Killers


Composição: Brandon Flowers / Dave Keuning / Mark Stoermer / Ronnie Vannucci Jr.

I did my best to notice
When the call came down the line
Up to the platform of surrender
I was brought but i was kind
And sometimes i get nervous
When i see an open door
Close your eyes
Clear your heart

Cut the cord
Are we human?
Or are we dancer?
My sign is vital
My hands are cold
And I'm on my knees
Looking for the answer
Are we human?
Or are we dancer?

Pay my respects to grace and virtue
Send my condolences to good
Give my regards to soul and romance
They always did the best they could
And so long to devotion
You taught me everything i know
Wave goodbye
Wish me well

You got to let me go
Are we human?
Or are we dancer?
My sign is vital
My hands are cold
And I'm on my knees
Looking for the answer
Are we human?
Or are we dancer?

Will your system be alright
When you dream of home tonight?
There is no message we're receiving
Let me know is your heart still beating

Are we human?
Or are we dancer?
My sign is vital
My hands are cold
And I'm on my knees
Looking for the answer

You've got to let me know
Are we human?
Or are we dancer?
My sign is vital
My hands are cold
And I'm on my knees
Looking for the answer
Are we human
Or are we dancer?

Are we human?
Or are we dancer?

Are we human
Or are we dancer?

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Grande Muralha da China tem mais 3000 quilómetros do que se pensava


A Grande Muralha da China é maior do que se previa, de acordo com o primeiro mapa detalhado da antiga fortificação. O estudo revelou que a muralha tem cerca de 8850 quilómetros, em vez dos 5000 que lhe eram anteriormente atribuídos. As estimativas anteriores baseavam-se em registos históricos.

As tecnologias de infravermelhos e GPS permitiram localizar algumas das áreas que desapareceram ao longo do tempo, fustigadas por tempestades de areia, diz a BBC.

O estudo foi realizado ao longo de dois anos e orientado pela Agência de Património Cultural e pelos Serviços de Cartografia chineses.

Os peritos afirmam que as secções agora descobertas foram construídas durante a dinastia Ming (1368-1644) e estendem-se desde a montanha Hu, no Norte da província de Liaoning, até à Passagem de Jiayu, na zona oeste da província de Gansu.

O projecto continuará nos próximos 18 meses, para modo mapear algumas secções construídas durante as dinastias Qin (221-206 a.C.) e Han (206 a.C.-9 d.C.).

Este mapeamento faz parte de um projecto de conservação a dez anos, lançado em 2005, e servirá para identificar quais as secções da muralha que necessitam de preservação mais urgente, ao mesmo tempo que relata os esforços para a renovar e preservar, segundo a agência de notícias AFP.

“A Grande Muralha está sob grande ameaça. As alterações mudanças climáticas e a enorme construção de infra-estruturas em curso no país os maiores problemas”, disse Shan Jixiang, director da Agência de Património Cultural, em entrevista ao jornal “China Daily”.

A Grande Muralha da China é a maior estrutura construída pelo Homem e foi erguida na fronteira norte do Império Chinês. É Património Mundial da Unesco desde 1987.

in www.publico.pt

domingo, 19 de abril de 2009

Ai, flores, ai, flores do verde pino


Ai, flores, ai, flores do verde pino

--- Ai, flores, ai, flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo?
Ai, Deus, e u é?

Ai, flores, ai, flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado?
Ai, Deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo?
Ai, Deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi à jurado?
Ai, Deus, e u é?

--- Vós me preguntades polo vosso amigo?
E eu ben vos digo que é sano e vivo.
Ai, Deus, e u é?

Vós me preguntades polo vosso amado?
E eu ben vos digo que é vivo e sano.
Ai, Deus, e u é?

E eu ben vos digo que é sano e vivo
e seerá vosco ante o prazo saido.
Ai, Deus, e u é?

E eu ben vos digo que é vivo e sano
e seerá vosco ante o prazo passado.
Ai, Deus, e u é?

El-Rei D. Dinis

sábado, 18 de abril de 2009

Arroz doce



Ingredientes:


250 gr de arroz
7,5 dl de leite
250 gr de açúcar
3 gemas de ovos
Casca de limão q.b.
1 pedacinho de canela em pau
Canela em pó
sal q.b.

Confecção:

Leva-se o leite ao lume num tacho.
Quando começar a ferver junta-se o açúcar,
o arroz, o sal, a casca de limão e o pauzinho de canela.
Assim que o arroz estiver cozido, retira-se do lume e deixa-se arrefecer um pouco.
Batem-se as gemas à parte, juntam-se em seguida ao arroz, mexe-se muito bem e leva-se a lume brando para cozer as gemas.
Serve-se em travessas ou pratinhos com canela em pó.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Sem eira nem beira


Sem eira nem beira

Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um passou-bem

Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar/Despedir
E ainda se ficam a rir
Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter
Uma vida bem melhor

Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir/Encontrar
Mais força para lutar...

(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer

É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir
Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar/A enganar
o povo que acreditou

Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar...

(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a foder

Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Sem eira nem beira - Canção dos Xutos transformada em manifesto contra Sócrates


Quem conhecer a discografia dos Xutos & Pontapés sabe que o cariz de intervenção e alerta social marcaram sempre presença nas letras das músicas. Mas os membros desta banda nunca quiseram vestir a roupagem de “líderes de uma revolução política”, nem apoiam, enquanto colectivo, qualquer partido político, assegura Zé Pedro, guitarrista dos Xutos.
Por isso, é com alguma surpresa que o grupo assiste à euforia em torno da canção “Sem eira nem beira”, que integra o novíssimo álbum Xutos & Pontapés, disco de originais que foi lançado na passada semana.

Interpretar esta faixa, cantada pelo baterista Kalu, como um hino contra as políticas do Governo socialista é "deturpar" a intenção do grupo. "Não há aqui alvos a abater", diz, em resposta ao facto de o refrão começar com a frase Senhor engenheiro, dê-me um pouco de atenção.
"Não queremos fazer um ataque político a ninguém. A letra exprime mais um grito de revolta. E é um alerta para o estado da Justiça e para uma classe política em geral que, volta e meia, toma atitudes que deixam os cidadãos desamparados", justifica.

O grupo não poderia prever o impacto desta faixa do disco que celebra os 30 anos de carreira do colectivo e que será apresentado pela primeira vez ao vivo a 24 de Abril, no Seixal.
Neste contexto, Zé Pedro insiste que qualquer aproveitamento da música para criticar e contestar o Governo não receberá a "solidariedade" dos Xutos.

Zé Pedro, que, diz, até "simpatiza" com o primeiro-ministro José Sócrates, aponta ainda que quando Tim, o vocalista, escreveu o texto para a música de Kalu, tiveram de optar entre "senhor engenheiro" e "senhor doutor": "Optámos por engenheiro por causa do actual primeiro-ministro, mas nunca quisemos fazer um ataque político directo."

Tim escreveu a letra de Sem eira nem beira já em estúdio, conta Zé Pedro, e "em cima da hora". "Falámos que seria interessante trabalhar uma temática de intervenção e com alguma rebeldia, porque a música é do Kalu e seria ele a cantá-la", afirma.

Vídeos no YouTube

O guitarrista dos Xutos não viu o vídeo transmitido no Jornal Nacional da TVI, no passado fim-de-semana - imagens de José Sócrates em inaugurações e na Assembleia da República, tendo em fundo a música Sem eira nem beira. Mas Zé Pedro não tem dúvidas de que a ideia da TVI foi uma "deturpação" das "intenções" dos Xutos.

Depois da iniciativa da TVI já surgiram mais duas montagens em vídeo no YouTube: ambas utilizam a música dos Xutos e são ilustradas com Sócrates e vários membros do Governo; há imagens das manifestações dos professores, dos protestos dos alunos, do centro comercial Freeport, Manuel Alegre em versão "gato das botas" e um cartaz do filme Os Intocáveis com as personagens Sócrates, Isaltino Morais, Dias Loureiro e Fátima Felgueiras.

Os comentários, laudatórios, partilham a leitura política: "Esta música tem um destino: J. Sócrates"; "é nosso dever exigir políticos sérios e competentes"; "é uma música para puxar pelo povo, para 'dar força para lutar'"; "a letra retrata muito bem a nossa actual situação".

Sócrates não reage

O Gabinete do primeiro-ministro José Sócrates, através do assessor de imprensa Luís Bernardo, disse que nada havia a comentar. Também o PSD não comentou o assunto.
Já o PCP não considera que haja nenhuma situação especial em relação a este tema dos Xutos. O assessor de imprensa, António Rodrigues, declarou ao PÚBLICO: "Quanto à música, não queremos fazer termos de comparação, embora, na nossa opinião, nestes 30 anos, os Xutos tenham tido, além da qualidade de ordem estética, temas com preocupações sociais, cremos que esta música se insere nesses temas."

Mas não excluem poderem vir a usar esta música nas campanhas eleitorais que se aproximam. "Não há ponderação ainda feita sobre que músicas vamos usar, logo também não sobre esta em concreto", disse.

O líder do BE, Francisco Louçã, começou por comentar ao PÚBLICO que não só conhece a música como viu, "ao vivo, a música a ser apresentada, no concerto de aniversário dos Xutos". Mas também o BE não decidiu ainda sobre que músicas utilizará de campanha.
Fazendo o paralelo em relação a outras músicas que foram vistas como contra o sistema, caso do FMI de José Mário Branco ou do Talvez... de Pedro Abrunhosa, Louçã considera que se trata de "momentos diferentes, que marcaram tempos diferentes". Particularmente, sobre este tema dos Xutos, Louçã considera que ele "revela um certo cansaço de uma certa geração com uma certa forma de governar" e conclui: "É um manifesto do Xutos. Provavelmente entrará depressa na iconografia popular. Admito que seja uma palavra de ordem de grandes manifestações, mas não creio que os partidos vão usar."

Por sua vez, o CDS relativiza o impacto político específico que a música possa ter. Diogo Feio começou por salvaguardar que não conhece a música: "Não ouvi, mas já ouvi falar da música". E afirma que, para o CDS, a liberdade artística é um valor por si: "Os autores muitas vezes utilizam imagens de crítica social e política de acordo até com as suas ideologias, e as músicas ficam com quem as faz", afirmou Diogo Feio. "A liberdade artística tem de ser respeitada e as pessoas que ouvem analisam e aderem ou não aderem. Há músicas mais críticas, outras menos, e de tempos a tempos surgem músicas assim."

in www.publico.pt

terça-feira, 14 de abril de 2009

Bauhaus


Bauhaus

Staatliches Bauhaus (literalmente, casa estatal de construção, mais conhecida simplesmente por Bauhaus) foi uma escola de design, artes plásticas e arquitectura de vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha.
A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no design e na arquitetura, sendo uma das primeiras escolas de design do mundo.

A escola foi fundada por Walter Gropius em 25 de abril de 1919, a partir da reunião da Escola do Grão-Duque para Artes Plásticas com a Kunstgewerberschule.
A maior parte dos trabalhos feitos pelos alunos nas aulas-oficina foi vendida durante a Segunda Guerra Mundial.
A intenção era fazer da Bauhaus uma escola combinada de arquitectura, artesanato, e uma academia de artes, e isso acabou sendo a base de muitos conflitos internos e externos que se passaram ali.

Gropius pressentiu que começava um novo período da história com o fim da Primeira Guerra Mundial e decidiu que a partir daí dever-se-ia criar um novo estilo arquitectónico que reflectisse essa nova época.
O seu estilo tanto na arquitectura quanto na criação de bens de consumo primava pela funcionalidade, custo reduzido e orientação para a produção em massa, sem se limitar apenas a esses objectivos.
O próprio Gropius afirma que antes de um exercício puro do racionalismo funcional, a Bauhaus deveria procurar definir os limites deste enfoque, e através da separação daquilo que é meramente arbitrário do que é essencial e típico, permitir ao espírito criativo construir o novo em cima da base tecnológica já adquirida pela humanidade. Por essas razões Gropius queria unir novamente os campos da arte e artesanato, criando produtos altamente funcionais e com atributos artísticos.
Gorpious foi o director da escola de 1919 a 1928, sendo sucedido por Hannes Meyer e Ludwig Mies van der Rohe.

A Bauhaus tinha sido fortemente subsidiada pela República de Weimar.
Após uma mudança nos quadros do governo, em 1925 a escola mudou-se para Dessau, cujo governo municipal naquele momento era de esquerda.
Uma nova mudança ocorre em 1932, para Berlim, devido à perseguição do recém-implantado governo nazi.


Em 1933, após uma série de perseguições por parte do governo hitleriano, a Bauhaus é encerrada, também por ordem do governo.
Os nazis que se opuseram à Bauhaus durante a década de 1920, bem como a qualquer outro grupo que tivesse uma orientação política de esquerda.
A escola foi considerada uma frente comunista, especialmente porque muitos artistas russos trabalhavam ou estudavam ali.
Escritores nazis como Wilhelm Frick e Alfred Rosenberg clamavam directamente que a escola era "anti-Germânica," e desaprovavam o seu estilo modernista.
No entanto, a Bauhaus teve impacto fundamental no desenvolvimento das artes e da arquitectura do ocidente europeu, e também dos Estados Unidos da América e Israel nas décadas seguintes - para onde foram muitos artistas exilados pelo regime nazi.
A Cidade Branca de Tel Aviv, em Israel, que contém um dos maiores espólios de arquitectura Bauhaus em todo o Mundo, foi classificada como Património Mundial em 2003.

O principal campo de estudos da Bauhaus era a arquitetura (como fica implícito até pelo seu nome), e procurou estabelecer planos para a construção de casas populares baratas por parte da República de Weimar.
Mas também havia espaço para outras expressões artísticas: a escola publicava uma revista chamada Bauhaus e uma série de livros chamados Bauhausbücher.
O director de publicações e design era Herbert Bayer.

Projecto de ensino

Apesar de ter passado por diversas alterações em seu perfil de ensino à medida que a direcção da escola evoluía, a Bauhaus, de uma forma geral, acreditava que os seus próprios métodos de ensino deveriam estar relacionados às suas propostas de mudanças nas artes e no design.
Um dos objectivos principais da Bauhaus era unir artes e produzir artesanato e tecnologia. A máquina era valorizada, e a produção industrial e o desenho de produtos tinham lugar de destaque.

O Vorkurs - literalmente curso preparatório - era um curso exigido a todos os alunos e ministrado nos moldes do que é o moderno curso de Desenho Básico, fundamental em escolas de arquitectura por todo o mundo.
Não se ensinava história na Bauhaus durante os primeiros anos de aprendizagem, porque acreditava-se que tudo deveria ser criado por princípios racionais ao invés de ser criado por padrões herdados do passado.
Só após três ou quatro anos de estudo o aluno tinha aulas de história, pois assim não iria influenciar suas criações.


Curiosidades
Atualmente a Bauhaus de Weimar mantém a sua liderança como uma das melhores universidades na Alemanha, leccionando sobretudo o ramo da arquitectura, mas estando também integrada num núcleo de outros pólos de ensino ligado às artes e de onde se destaca design, media, música, entre outros.
O ensino da Bauhaus encontra-se intrínseco na própria forma de leccionar da escola actualmente, baseando-se muito na experimentação de ideias e na realização de seminários e workshops para confronto de conhecimentos.
O edifício inicial projetado por Walter Gropius sofreu inúmeras modificações após a Segunda Guerra.
Em 1994 inicia-se um processo de reforma visando restabelecer ao edifício a sua forma original.
O empreendimento foi promovido pela Fundação Bauhaus e coordenado pela arquitecta Monika Markgraf.
Devido à inexistência do projeto original o trabalho foi árduo e concluído em 2007.
Ainda hoje é o edifício principal do pólo da universidade, destacando-se o escritório de Walter Gropius, mantido inalterado.


Nomes ligados à Bauhaus

Alguns artistas e professores da Bauhaus:

Walter Gropius
Josef Albers
Marcel Breuer
Lyonel Feininger
Johannes Itten
Wassily Kandinsky
Paul Klee
Gerhard Marks
László Moholy-Nagy
Georg Muche
Hinnerk Scheper
Lyonel Feininger
Oskar Schlemmer
Joost Schmidt
Lothar Schreyer
Gunda Stölzl
Marianne Brandt
Dietmar Starke
Omar Akbar

Escritores/as ligados à Bauhaus:

Magdalena droste,autora de um livro de memorias cujo titulo é o mesmo que o da escola

in www.wikipedia.pt

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ratatui


Ratatui é o 8º filme longa-metragem de animação produzido pela Pixar e lançado em 2007.
Conta a história de Rémy (interpretado por Patton Oswalt), um rato que vive em Paris e que sonha tornar-se num chefe de cozinha.
O elenco que interpreta os personagens da animação é composto por: Patton Oswalt (da série The King of Queens) como o protagonista, o rato Rémy. Brad Garrett, dá voz ao chef Auguste Gusteau. O pai de Rémy, Jango, é interpretado por Brian Dennehy (Assalto à 13ª. D.P.). Outras vozes conhecidas são de Janeane Garofalo (da série The West Wing), Ian Holm (O Senhor dos Anéis), o consagrado actor Peter O'Toole, além de Lou Romano e Peter Sohn, que participaram no filme Os Incríveis (trabalho anterior de Bird).

Em 2008 o filme ganhou o Óscar de melhor filme de animação.

Resumo
Rémy vive numa colônia de ratos no sótão de uma casa na zona rural da França, juntamente com o seu irmão Émile e o seu pai Django .
Ao contrário dos seus familiares, Rémy é um gourmet cujo olfacto é útil para distinguir comidas de veneno de rato.
Mas Rémy tem sonhos mais ambiciosos, entrando secretamente na cozinha para ler os livros de cozinha do seu herói, o chef Parisiense Auguste Gusteau , que aparece para Rémy em visões ao longo do filme, mantendo seu ditado de que "qualquer um pode cozinhar". Rémy descobre que Gusteau morreu após receber uma dura crítica de um crítico culinário Anto Ego (coco Toole)

Os ratos deixam o local após a moradora, uma velha senhora, descobrir a colônia. Rémy, separado dos outros, chega a Paris através dos esgotos, seguindo a visão de Gusteau até o restaurante fundado pelo chef, agora mantido pelo chef Skinner (Ian Holm).
Enquanto Rémy observa através de uma clarabóia, Alfredo Linguini (Lou Romano), um jovem com nenhum talento culinário, chega e é contratado no restaurante pelo desejo de sua recém-falecida mãe, para serviços de empregado do lixo.
O jovem é na realidade o filho de Gusteau, algo desconhecido de todos exceto pela mãe.
Linguini derrama uma panela de sopa e tenta ocultar o seu acidente ao adicionar ingredientes aleatórios na panela.
Horrorizado por isto, Rémy acaba caindo na cozinha e ainda que precise desesperadamente escapar dali, ele não consegue evitar de arranjar a sopa arruinada. Rémy é capturado por Linguini, que por sua vez é apanhado por Skinner no momento que ele capturava o rato, mas não antes de algumas porções da sopa terem sido servidas. Para a surpresa de todos, a sopa é um sucesso.
A única cozinheira mulher do estabelecimento, Colette (Janeane Garofalo), convence Skinner a não despedir Linguini contando que ele consiga recriar a sopa. E assim inicia-se uma aliança, difícil no começo, na qual Rémy tenta secretamente instruir Linguini. Os dois aperfeiçoam um truque de marionete no qual Rémy consegue controlar os movimentos de Linguini ao puxar o seu cabelo.

Skinner acaba descobrindo que Linguini é o filho de Gusteau, coisa que ele mantém em segredo para evitar que Linguini herde o restaurante, o que iria atrapalhar suas ambições de explorar a imagem de Gusteau para lançar uma marca de comida congelada. Suspeitando de Linguini, Skinner o embriaga com bons vinhos numa fracassada tentativa de descobrir o segredo de seu inesperado talento.
Na manhã seguinte, de ressaca, Linguini quase confessa o seu segredo para Colette. Desesperadamente tentando parar Linguini, Rémy puxa seu cabelo, fazendo com que ele caia em Colette, o que leva os dois a beijarem-se. Eles começam a namorar, fazendo com que Rémy sinta-se meio abandonado.

Numa noite, Rémy e a sua colónia são reunidos. Rémy discute com Émile e o seu pai sobre a sua nova secreta carreira de chef.
Enquanto procurava comida para a família, Rémy descobre o testamento de Gusteau, o qual, após escapar de uma persiguição por Skinner, ele consegue entregar a Linguini. Linguini, agora dono do restaurante, despede Skinner e torna-se a nova sensação no mundo culinário, atraindo o renovado interesse de Anton Ego (Peter O'Toole), que havia acabado com a reputação do restaurante.
Linguini e Rémy tem um desentendimento, e Linguini decide que não mais precisa de Rémy, esnobada a qual leva Rémy a um saque da cozinha para a sua colónia de ratos.

As coisas se complicam uma noite quando há uma planeada visita de Ego ao restaurante. Linguini, incapaz de cozinhar sem a ajuda do rato, admite a situação para a equipa, o que faz com que todos deixem o local.
Colette retorna após pensar a respeito do ditado de Gusteau.
Django, inspirado pela coragem do filho, regressa com a colónia de ratos para cozinhar sob a liderança de Rémy, enquanto Linguini descobre seu verdadeiro talento, que é servir as mesas usando patins.
Colette ajuda Rémy a preparar um ratatouille, uma tradicional refeição francesa, baseada em legumes.
O ratatouille fica tão bom que Ego acaba por recordar memórias da sua infância após a primeira dentada. Ego pede para conhecer o chef, mas Colette diz-lhes que eles devem esperar até aos outros clientes terem saído.
Ao fim do serviço, Rémy e os outros ratos são revelados.
Um homem modificado, Ego escreve uma elogiosa crítica, declarando que o chef no restaurante de Gusteau é o melhor chef de toda a França.

No epílogo, o restaurante é definitivamente fechado por um inspector da vigilância sanitária, que encontra os ratos após ter sido avisado por Skinner.
Ego perde a sua credibilidade e posição após o público descobrir que ele elogiou um restaurante infestado de ratos.
Contudo, isto ocorre para o melhor. Com Ego como investidor e cliente regular, Linguini, Colette, e Rémy abrem um bistrô de sucesso, chamado "La Ratatouille," que inclui uma cozinha e salão de refeições tanto para ratos como para humanos.


in www.wikipédia.pt

domingo, 12 de abril de 2009

Palácio e Quinta da Regaleira


Situada em pleno Centro Histórico de Sintra, classificado Património Mundial pela UNESCO, a Quinta da Regaleira é um lugar com espírito próprio.
Edificado nos primórdios do Século XX, ao sabor do ideário romântico, este fascinante conjunto de construções, nascendo abruptadamente no meio da floresta luxuriante, é o resultado da concretização dos sonhos mito-mágicos do seu proprietário, António Augusto Carvalho Monteiro (1848-1920), aliados ao talento do arquitecto-cenógrafo italiano Luigi Manini (1848-1936).

A imaginação destas duas personalidades invulgares concebeu, por um lado, o somatório revivalista das mais variadas correntes artísticas - com particular destaque para o gótico, o manuelino e a renascença - e, por outro, a glorificação da história nacional influenciada pelas tradições míticas e esotéricas.

A Quinta da Regaleira é um lugar para se sentir.
Não basta contar-lhe a memória, a paisagem, os mistérios.
Torna-se necessário conhecê-la, contemplar a cenografia dos jardins e das edificações, admirar o Palácio dos Milhões, verdadeira mansão filosofal de inspiração alquímica, percorrer o parque exótico, sentir a espiritualidade cristã na Capela da Santíssima Trindade, que nos permite descermos à cripta onde se recorda com emoção o simbolismo e a presença do além. Há ainda um fabuloso conjunto de torreões que nos oferecem paisagens deslumbrantes, recantos estranhos feitos de lenda e saudade, vivendas apalaçadas de gosto requintado, terraços dispostos para apreciação do mundo celeste.

A culminar a visita à Quinta da Regaleira, há que invocar a aventura dos cavaleiros Templários, ou os ideais dos mestres da maçonaria, para descer ao monumental poço iniciático por uma imensa escadaria em espiral.
E, lá no fundo com os pés assentes numa estrela de oito pontas, é como se estivéssemos imerses no ventre da Terra-Mãe. Depois, só nos resta atravessar as trevas das grutas labirínticas, até ganharmos a luz, reflectida em lagos surpreendentes.


informação retirada do site da Câmara Municipal de Sintra

sábado, 11 de abril de 2009

Arroz Grego


Arroz grego

Ingredientes
2 chávenas(chá) de caldo de galinha
1/2 kg de arroz
1 cebola
1 pimento verde
1 pimento vermelho
Coentros
Temperos verdes - Ervilhas, Milho verde
3 colheres de óleo

Modo de Preparação

Coloque o arroz com 1 caldo da galinha, se necessário adicione água
Enquanto isso pique todos os outros ingredientes num recipiente e ponha a refogar
Quando o arroz estiver pronto misture com os outros ingredientes

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Instruções dada em acção de formação antes da abertura da loja -Funcionárias da Loja do Cidadão de Faro proibidas de usar saias curtas e decotes


As funcionárias da Loja do Cidadão de Faro, inaugurada a 3 de Abril, foram proibidas de usar saias curtas, decotes, saltos altos, roupa interior escura, gangas e perfumes agressivos. As instruções foram dadas numa acção de formação antes da abertura da loja, denunciou uma funcionária.

Segundo conta hoje o “Correio da Manhã”, as instruções foram apresentadas durante uma acção de formação promovida pela Agência de Modernização Administrativa.

“Esta acção incide sobre várias matérias e, em particular, sobre o que deve constituir um atendimento de qualidade, que ajuda ou prejudica o relacionamento com os cidadãos”, justificou Maria Pulquéria Lúcio, vogal do Conselho Directivo da agência, ao jornal.

Os “aspectos de postura pessoal foram abordados como importantes para uma imagem cuidada” das funcionárias, acrescentou.

Pulquéria Lúcio confirmou a proibição do uso de decotes exagerados, perfumes agressivos e gangas, mas negou a referência a saltos altos e a roupa interior escura.

in www.publico.pt

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Sonho. Não Sei quem Sou - Fernando Pessoa


Sonho. Não Sei quem Sou

Sonho. Não sei quem sou neste momento.
Durmo sentindo-me. Na hora calma
Meu pensamento esquece o pensamento,
Minha alma não tem alma.

Se existo é um erro eu o saber. Se acordo
Parece que erro. Sinto que não sei.
Nada quero nem tenho nem recordo.
Não tenho ser nem lei.

Lapso da consciência entre ilusões,
Fantasmas me limitam e me contêm.
Dorme insciente de alheios corações,
Coração de ninguém.

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Pintora Maria Keil distinguida com galardão da Academia Nacional de Belas Artes - A Academia Nacional de Belas Artes (ANBA) distinguiu ontem a pintora




A Academia Nacional de Belas Artes (ANBA) distinguiu ontem a pintora Maria Keil, 94 anos, com o Grande Prémio Aquisição/2009.

A Academia afirmou em comunicado que a pintora "tem atingido a maior repercussão nacional e internacional" e realça que desde a segunda metade do século XX se tem destacado "nas mais diferentes áreas da criação artística e da intervenção cultural e cívica".

O presidente da ANBA, António Valdemar, sublinhou à Lusa que Maria Keil, autora de vários painéis públicos na avenida Infante Santo em Lisboa, ou de algumas estações do Metropolitano, "é uma das maiores artistas portuguesas e continua a ser um exemplo notável de lucidez, vigor e sensibilidade".

A decisão foi tomada por unanimidade por um júri constituído por António Valdemar, Manuel Reis Santos e António Marques Miguel, respectivamente presidente, vice-presidente e secretário-geral da ANBA, e ainda pelos académicos efectivos José Augusto França, Joaquim Correia, António Inverno e Luís Filipe de Abreu.

O galardão, instituído na década de 1980, distingue anualmente, de forma rotativa, uma figura com obra representativa na pintura, na escultura e na arquitectura.

Júlio Resende, Júlio Pomar, Alice Jorge, Sá Nogueira, Luís Filipe de Abreu e Manuel Reys Santos são alguns dos artistas que já receberam este galardão.

"Maria Keil tem um lugar muito representativo no panorama português do século XX da pintura, do desenho, da cerâmica, da ilustração e design do livro e até da filatelia", disse à Lusa António Valdemar.

"Maria Keil afirmou-se nos anos 1930, na sequência da II Exposição dos Independentes realizada na SNBA, e cedo ganhou, entre os artistas plásticos da sua geração, um estilo muito próprio, na interpretação da figura humana e da própria paisagem", explicou Valdemar.

O presidente da ANBA referiu ainda ser Maria Keil "a última aluna viva de Veloso Salgado", pintor representado em vários museus nacionais, autor de várias telas da Assembleia da República, e mestre, entre outras figuras do modernismo, de Eduardo Viana.

Em declarações à Lusa, António Valdemar acrescentou: "Com 95 anos - a completar no próximo mês de Julho - Maria Keil continua a trabalhar, a conviver com os amigos, a sair à rua, sozinha, desde a sua residência no Restelo até ao seu atelier, no 3º andar de um prédio do Príncipe Real, com uma fascinante vista para o Tejo".

Maria Keil era casada com o arquitecto Francisco Keil do Amaral, falecido em 1975.

in www.publico.pt

terça-feira, 7 de abril de 2009

MOUSSE DE CHOCOLATE


MOUSSE DE CHOCOLATE

INGREDIENTES:
1 tablete de chocolate
6 ovos
1 colher sopa manteiga
6 colheres sopa açúcar (rasas)




PREPARAÇÃO:

Derreta numa panela, em banho maria (ou com o lume baixo ficando sempre a mexer com uma colher para não pegar) a tablete partida aos bocados e a manteiga.
Separa as claras das gemas.
Bata as claras em castelo e vá deitando três colheres de açúcar à medida que elas sobem; bate até as claras ficarem duras.
Depois bata as gemas com o restante açúcar e junte (sempre com uma colher de pau) o chocolate derretido; continue a bater.
Junte a esta mistura as claras em castelo.
Tenha cuidado para mexer sempre com movimentos lentos e de cima para baixo.
Coloque a mousse numa taça ou em taças individuais e leve ao frigorífico.
Para não ficar com aquele líquido no fundo, experimente pôr a mousse no congelador assim que a acabar de a fazer.
Deixe estar durante duas ou três horas e passe-a para o frigorífico quando começar a solidificar.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

My Immortal- Evanescence


My Immortal
Evanescence
Composição: Ben Moody / Amy Lee

I'm so tired of being here
Suppressed by all my childish fears
And if you have to leave, I wish that you would just leave
'Cause your presence still lingers here and it won't leave me alone

These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase

When you cried I'd wipe away all of your tears
When you'd scream I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me

You used to captivate me by your resonating light
Now I'm bound by the life you've left behind
Your face it haunts my once pleasant dreams
Your voice it chased away all the sanity in me

These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase

When you cried I'd wipe away all of your tears
When you'd scream I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me

I've tried so hard to tell myself that you're gone
But though you're still with me
I've been alone all along

When you cried I'd wipe away all of your tears
When you'd scream I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me

sábado, 4 de abril de 2009

O gótico em Portugal


O gótico em Portugal foi um movimento artístico que se centrou no desenvolvimento da arquitectura e artes plásticas, focada sobretudo nas construções religiosas. Apareceu no final do século XII e prolongou-se através do estilo Manuelino (gótico tardio) até ao século XVI.



Arquitectura
Arquitectura gótica em Portugal

O estilo gótico aparece no último quarto do século XII, com as obras do Mosteiro de Alcobaça (começado em 1178 e habitado a partir de 1222).
O Mosteiro, fundado pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, para a Ordem Cisterciense, é a primeira obra totalmente gótica de Portugal.
Entretanto, a dissolução do estilo românico pelo gótico ocorreu lentamente, havendo muitas igrejas portuguesas de estilo de transição românico-gótico datando do século XIII e até do século XIV.

A expansão da arquitectura gótica em Portugal deveu muito às ordens religiosas mendicantes (franciscanos, dominicanos, carmelitas, agostinhos), que construíram vários mosteiros em cidades portuguesas nos séculos XIII e XIV.
Importantes exemplos são as igrejas franciscanas e dominicanas de Santarém e Guimarães, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha em Coimbra (hoje em ruínas), Mosteiro de São Francisco do Porto, Igreja do Convento do Carmo em Lisboa (hoje em ruínas e usado como museu arqueológico) e muitas outras.
Também as ordens medievais militares contribuíram para a expansão do gótico, por exemplo com Igreja de São João de Alporão de Santarém e o Mosteiro de Leça do Bailio (pertencente aos Cavaleiros Hospitalários), e com a Igreja de Santa Maria dos Olivais de Tomar (fundada pelos Cavaleiros Templários).
Algumas catedrais portuguesas também foram construídas em estilo gótico, como a Sé de Évora (séc XIII-XIV), a Sé de Silves (séc XIV-XV) e a Sé da Guarda (finais séc XIV-XVI).


Um marco na arquitectura gótica portuguesa é o Mosteiro da Batalha, construído a mando do rei D. João I para comemorar a vitória na Batalha de Aljubarrota contra os castelhanos.
A obra do mosteiro, começada em 1388 e que seguiu até o século XVI, introduziu o gótico internacional flamejante em Portugal, distanciando-se da estética mendicante. Esse mosteiro influenciou muitas obras de Portugal do século XV, como a Igreja da Graça de Santarém, a capela do Castelo de Leiria, a Sé da Guarda, o Convento da Nossa Senhora da Conceição de Beja, entre outros.

O dissolução do gótico pelo estilo renascentista ocorreu lentamente, sendo o estilo intermediário chamado manuelino devido a que coincidiu com o reinado do rei D. Manuel I (1495-1521).
O manuelino mistura formas arquitetónicas do gótico final com a decoração gótica e renascentista, criando um estilo tipicamente português.
A partir do Mosteiro de Jesus de Setúbal, considerado a primeira obra manuelina, o estilo espalha-se por Portugal e atinge o auge com a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos, ambos em Belém (Lisboa), a Igreja do Convento de Cristo de Tomar, as Capelas Imperfeitas e Claustro Real do Mosteiro da Batalha, além de muitos outros monumentos.

Além da arquitectura religiosa, muitos castelos foram construídos e/ou reformados em estilo gótico em Portugal, como os Castelos de Leiria, Estremoz, Beja, Bragança e Santa Maria da Feira.


Escultura
Escultura gótica em Portugal
Na escultura destacam-se os túmulos de D. Pedro I e de Inês de Castro, no Mosteiro de Alcobaça (séc XIV), os túmulos reais do Mosteiro da Batalha (séc XV), os túmulos da Sé de Lisboa, e das Sés de Braga e Évora (sécs XIV-XV) e muitos outros.
Na pintura destaca-se Nuno Gonçalves e os Panéis de São Vicente (cerca de 1470), atribuídos a ele e hoje no Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa.


O gótico e os descobrimentos
Durante o século XV e início do século XVI, os estilos gótico e manuelino foram levados pelos portugueses a seus domínios d'além mar, particularmente as ilhas atlânticas dos Açores e Madeira.
Por exemplo, a Sé do Funchal (capital da Ilha da Madeira), contruída entre 1493 e 1514, é uma típica igreja gótica-manuelina.
No Brasil, por outro lado, não há construções góticas ou manuelinas, devido ao facto de que a colonização do território começou a partir de 1530, quando o estilo renascentista já era o estilo usado em Portugal.

in www.wikipédia.pt

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Quiche de Atum (tarte)


Ingredientes (5 pessas)

. 1ma embalagem de massa folhada;
. 1 frasco médio de atum;
. 2 dcl de leite;
. 1 pacote de 200 ml de natas;
. 5 ovos crus e 3 ovos cozidos;
. 1 ramo de salsa picada;
. 50 gramas de queijo ralado;
. sal e pimenta q.b.

Preparação
Ligue o forno a 180º. Escorra o atum, forre uma forma de tatre com a massa e pique o fundo com um garfo. Desfaça o atum e espalhe-o dentro da forma, povilhando depois com a salsa. Corte em rodelas os ovos cozidos e espalhe-os por cima do atum.
Numa tigela misture os ovos com as natas e o leite, tempere com sal e pimenta, junte o queijo, misture bem e verta sobre o atum. Leve ao forno durante 35 minutos, retire e deixe arrefecer um pouco.
Sirva morno e decorado a gosto.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Salada de Frango



Salada de Frango

Ingredientes
1 frango assado em pedaços
2 dl azeite
1 alface
aipo
1 pimento(s) vermelho
100 g cogumelo(s)
1 molho salsa
100 g azeitona(s)
100 g noz(es)
2 c. sopa vinagre
1 c. chá sal
4 c. chá mostarda francesa
1 dente(s) de alho esmagado(s)

Preparação
1. Desossar o frango e cortar em bocadinhos.
2. Lavar os vegetais e cortá-los. Picar a salsa.
3. Dispor os ingredientes a vosso gosto, numa taça ou prato de serviço, espalhando por cima as azeitonas e as nozes cortadas em bocados não muito pequenos.
4. Numa tigela misturar o vinagre, a mostarda e as especiarias e acrescentar o azeite, mexendo sempre como para a maionese. É muito importante que o azeite esteja à temperatura ambiente.
5. Regar a salada com o molho, em movimentos circulares e servir bem fria.