quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Rapariga tinha 16 anos e diagnóstico foi feito aos 14 -Morreu segunda vítima de doença das “vacas loucas” em Portugal



Uma rapariga com 16 anos infectada com Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE) morreu hoje em Portugal, informou a Direcção-Geral da Saúde, em comunicado.
Esta é a segunda vítima no país da “doença das vacas loucas” mas, segundo a DGS, não há registo de mais infectados.

A vítima tinha 14 anos quando lhe foi diagnosticada, em Fevereiro de 2007, uma possível variante de Creutzfeldt-Jakob.
Durante estes dois anos a rapariga foi acompanhada por médicos e enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde e por técnicos da Segurança Social.
A primeira vítima foi um adolescente do sexo masculino.
O rapaz de 14 anos morreu em Julho de 2007 em Famalicão e a doença foi confirmada na autópsia.

No comunicado, assinado pelo director-geral Francisco George, a DGS diz também que “relativamente a este caso estão a ser observadas todas as normas nacionais e europeias previstas para estas situações” mas a identidade da vítima não será revelada nem serão dados mais pormenores “de forma a proteger a família enlutada”.

A variante clássica da doença de Creutzfeldt-Jakob - não relacionada com a BSE e com o consumo de carne bovina - afecta, em média, 10 a 15 portugueses por ano, mas o primeiro caso de contágio da variante mais agressiva da doença foi registado há cerca de quatro anos.
Segundo dados da Direcção-Geral de Saúde, entre 2000 e 2006 foram notificados cerca de 50 casos da variante clássica da doença de Creutzfeldt-Jakob em Portugal, entre os 14 e os 75 anos.

A BSE é uma doença neurodegenerativa que afecta o gado.
Descoberta nos anos 80, pensa-se que tem como agente patogénico uma proteína especial, chamada prião, e que é transmissível ao homem, contagiando-o com uma doença semelhante, uma variante da doença de Creutzfeldt-Jakob.
Este tipo de encefalopatia espongiforme caracteriza-se pela degeneração esponjosa do cérebro.
O diagnóstico só pode ser confirmado cientificamente após a morte do paciente, com recurso a uma autópsia e a exames ao tecido cerebral.

in www.publico.pt

Sem comentários: