quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Hora de Partida
A hora da partida soa quando
Escurece o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.
A hora da partida soa quando
as árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse.
Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida.
Sophia de Mello Breyner
Etiquetas:
amor,
paixão,
Poesia,
Porto,
Sensibilidade,
Sentimentalismo,
Sophia de Mello Breyner
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário