terça-feira, 14 de abril de 2009

Bauhaus


Bauhaus

Staatliches Bauhaus (literalmente, casa estatal de construção, mais conhecida simplesmente por Bauhaus) foi uma escola de design, artes plásticas e arquitectura de vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha.
A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no design e na arquitetura, sendo uma das primeiras escolas de design do mundo.

A escola foi fundada por Walter Gropius em 25 de abril de 1919, a partir da reunião da Escola do Grão-Duque para Artes Plásticas com a Kunstgewerberschule.
A maior parte dos trabalhos feitos pelos alunos nas aulas-oficina foi vendida durante a Segunda Guerra Mundial.
A intenção era fazer da Bauhaus uma escola combinada de arquitectura, artesanato, e uma academia de artes, e isso acabou sendo a base de muitos conflitos internos e externos que se passaram ali.

Gropius pressentiu que começava um novo período da história com o fim da Primeira Guerra Mundial e decidiu que a partir daí dever-se-ia criar um novo estilo arquitectónico que reflectisse essa nova época.
O seu estilo tanto na arquitectura quanto na criação de bens de consumo primava pela funcionalidade, custo reduzido e orientação para a produção em massa, sem se limitar apenas a esses objectivos.
O próprio Gropius afirma que antes de um exercício puro do racionalismo funcional, a Bauhaus deveria procurar definir os limites deste enfoque, e através da separação daquilo que é meramente arbitrário do que é essencial e típico, permitir ao espírito criativo construir o novo em cima da base tecnológica já adquirida pela humanidade. Por essas razões Gropius queria unir novamente os campos da arte e artesanato, criando produtos altamente funcionais e com atributos artísticos.
Gorpious foi o director da escola de 1919 a 1928, sendo sucedido por Hannes Meyer e Ludwig Mies van der Rohe.

A Bauhaus tinha sido fortemente subsidiada pela República de Weimar.
Após uma mudança nos quadros do governo, em 1925 a escola mudou-se para Dessau, cujo governo municipal naquele momento era de esquerda.
Uma nova mudança ocorre em 1932, para Berlim, devido à perseguição do recém-implantado governo nazi.


Em 1933, após uma série de perseguições por parte do governo hitleriano, a Bauhaus é encerrada, também por ordem do governo.
Os nazis que se opuseram à Bauhaus durante a década de 1920, bem como a qualquer outro grupo que tivesse uma orientação política de esquerda.
A escola foi considerada uma frente comunista, especialmente porque muitos artistas russos trabalhavam ou estudavam ali.
Escritores nazis como Wilhelm Frick e Alfred Rosenberg clamavam directamente que a escola era "anti-Germânica," e desaprovavam o seu estilo modernista.
No entanto, a Bauhaus teve impacto fundamental no desenvolvimento das artes e da arquitectura do ocidente europeu, e também dos Estados Unidos da América e Israel nas décadas seguintes - para onde foram muitos artistas exilados pelo regime nazi.
A Cidade Branca de Tel Aviv, em Israel, que contém um dos maiores espólios de arquitectura Bauhaus em todo o Mundo, foi classificada como Património Mundial em 2003.

O principal campo de estudos da Bauhaus era a arquitetura (como fica implícito até pelo seu nome), e procurou estabelecer planos para a construção de casas populares baratas por parte da República de Weimar.
Mas também havia espaço para outras expressões artísticas: a escola publicava uma revista chamada Bauhaus e uma série de livros chamados Bauhausbücher.
O director de publicações e design era Herbert Bayer.

Projecto de ensino

Apesar de ter passado por diversas alterações em seu perfil de ensino à medida que a direcção da escola evoluía, a Bauhaus, de uma forma geral, acreditava que os seus próprios métodos de ensino deveriam estar relacionados às suas propostas de mudanças nas artes e no design.
Um dos objectivos principais da Bauhaus era unir artes e produzir artesanato e tecnologia. A máquina era valorizada, e a produção industrial e o desenho de produtos tinham lugar de destaque.

O Vorkurs - literalmente curso preparatório - era um curso exigido a todos os alunos e ministrado nos moldes do que é o moderno curso de Desenho Básico, fundamental em escolas de arquitectura por todo o mundo.
Não se ensinava história na Bauhaus durante os primeiros anos de aprendizagem, porque acreditava-se que tudo deveria ser criado por princípios racionais ao invés de ser criado por padrões herdados do passado.
Só após três ou quatro anos de estudo o aluno tinha aulas de história, pois assim não iria influenciar suas criações.


Curiosidades
Atualmente a Bauhaus de Weimar mantém a sua liderança como uma das melhores universidades na Alemanha, leccionando sobretudo o ramo da arquitectura, mas estando também integrada num núcleo de outros pólos de ensino ligado às artes e de onde se destaca design, media, música, entre outros.
O ensino da Bauhaus encontra-se intrínseco na própria forma de leccionar da escola actualmente, baseando-se muito na experimentação de ideias e na realização de seminários e workshops para confronto de conhecimentos.
O edifício inicial projetado por Walter Gropius sofreu inúmeras modificações após a Segunda Guerra.
Em 1994 inicia-se um processo de reforma visando restabelecer ao edifício a sua forma original.
O empreendimento foi promovido pela Fundação Bauhaus e coordenado pela arquitecta Monika Markgraf.
Devido à inexistência do projeto original o trabalho foi árduo e concluído em 2007.
Ainda hoje é o edifício principal do pólo da universidade, destacando-se o escritório de Walter Gropius, mantido inalterado.


Nomes ligados à Bauhaus

Alguns artistas e professores da Bauhaus:

Walter Gropius
Josef Albers
Marcel Breuer
Lyonel Feininger
Johannes Itten
Wassily Kandinsky
Paul Klee
Gerhard Marks
László Moholy-Nagy
Georg Muche
Hinnerk Scheper
Lyonel Feininger
Oskar Schlemmer
Joost Schmidt
Lothar Schreyer
Gunda Stölzl
Marianne Brandt
Dietmar Starke
Omar Akbar

Escritores/as ligados à Bauhaus:

Magdalena droste,autora de um livro de memorias cujo titulo é o mesmo que o da escola

in www.wikipedia.pt

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