sábado, 11 de outubro de 2008
Husky Siberiano
História -
A história do aparecimento Husky Siberiano é interessante porque ilustra parcialmente como a relação (de utilidade) estabelecida entre o homem e o cão pode ser baseada no respeito pela raça.
Há mais de 2500 anos atrás o nordeste asiático era povoado por uma comunidade indígena denominada Chukchi.
Exposta a um dos climas mais inóspitos do mundo, a sobrevivência era assegurada com a ajuda de grupos de Huskies que puxavam os trenós do seu dono percorrendo longas distâncias, levando os seus donos aos locais onde pudessem pescar.
Por serem de pequeno porte e relativamente leves, tornaram-se rápidos e gastavam muito pouca energia.
Esta característica foi muito importante, já que o pequeno consumo de energia permitia-lhes superar as temperaturas extremamente baixas do Inverno siberiano que atinge facilmente os 60 graus negativos.
Daqui decorre que no seio daquela comunidade, o respeito pela raça fosse visível, não só na dimensão religiosa, mas também económica.
Isto porque a iconografia da fé representava muitas vezes estes bravos e pequenos cães.
Os melhores exemplares desta raça eram possuídos pelos mais ricos da sociedade que ganhavam prestígio nessa aquisição.
A pureza da raça parece ter sido mantida pelos Chukchi durante todo o século XIV e são estes os verdadeiros ancestrais do actualmente conhecido Husky Siberiano.
Foi com a corrida ao ouro no Alasca, que as suas capacidades foram reconhecidas. Naquela época, os trenós puxados por cães consistiam na única rede de transportes existente e a competição entre equipas tornou-se muito frequente.
A introdução da raça nos EUA fica a dever-se a Leonard Seppala que consegue que, em 1930, a raça seja reconhecida pelo Kennel Club americano.
Oito anos depois, é fundado o primeiro clube da raça no território americano.
Durante a II Guerra Mundial, a raça destaca-se pelo trabalho desempenhado na busca e resgate.
Actualmente, este cão é respeitado a nível mundial, sendo representado por mais de vinte clubes que protegem a sua criação.
Temperamento -
O Husky é um cão muito activo e independente, talhado para trabalhar arduamente em grupo.
A sua forte personalidade, aliada a uma fina inteligência, faz com que estes cães não sejam aconselhados a donos com pouca experiência, uma vez que facilmente se tornam dominantes e invertem a “hierarquia”.
Necessitam pois de uma educação positiva e consistente, que se inicie na sua infância por um dono experiente.
Paciência e persistência são atributos a ter em conta se queremos que respeite as nossas regras.
Paralelamente, são cães muitos sociáveis, que adoram as pessoas e não apreciam ser deixados sozinhos.
Desenvolvem uma boa relação com as crianças porque são muito pacíficos.
No entanto, são hostis a animais de estimação que não conheçam.
Descrição -
A grande popularidade do Husky deve-se também à sua aparência apelativa.
É um cão de tamanho médio, cuja altura na cernelha varia nos machos entre os 53 e os 60 cm e nas fêmeas entre os 51 e os 56 cm.
O seu peso oscila entre os 20e os 27 Kg, nos machos, e entre os 16 e os 23 Kg, nas fêmeas.
A pelagem é dupla e de comprimento médio, com uma aparência bastante felpuda.
O subpêlo é macio e denso e a pelagem exterior é recta e macia.
Na cauda, o pêlo é de comprimento médio e dá a aparência de uma “vassoura” redonda, por ter um tamanho relativamente idêntico na inserção, lados e por baixo.
Todas as cores do branco puro ao preto são permitidas e existe uma variedade notável de marcas.
A cabeça de tamanho médio é proporcional ao corpo e relativamente arredondada. O focinho tem um comprimento médio, ou seja, a distância que vai desde a ponta do nariz ao chanfro é igual à distância desde o chanfro ao occipital.
A cana nasal é recta e o stop é bem definido.
A largura do focinho é média, os lábios são pigmentados e secos e os dentes apresentam uma mordida em tesoura.
O nariz é preto nos cães cinza, canela os pretos; fígado nos cães avermelhados; cor de carne nos cães brancos puros.
Existe ainda um tipo de exemplares que apresenta o nariz raiado de rosa.
As orelhas têm um tamanho médio e formato triangular e apresentam-se erectas. São grossas, peludas, e inseridas alta na cabeça, ligeiramente arqueadas atrás.
Os olhos são amendoados, moderadamente espaçados, e inseridos um pouco obliquamente. Possuem uma expressão penetrante, amistosa e interessada.
Podem ser castanhos ou azuis ou um de cada cor.
De facto a cor dos olhos parece atrair muitas pessoas.
É comum encontrar exemplares com um olho de cada cor ou mesmo com os olhos particoloridos (duas cores no mesmo olho), o que não considerado falha genética.
O seu corpo é relativamente compacto, dotado com uma movimentação leve, livre e esbelta, que não aparenta qualquer esforço.
O pescoço de tamanho médio, é arqueado e portado de forma altiva quando o cão está parado.
Durante o trote, o pescoço estende-se de modo a que a cabeça seja portada ligeiramente para a frente.
O peito é profundo e forte, mas não muito largo. As costelas apresentam-se bem arqueadas a partir da coluna, e achatadas de lado, característica que lhe concede liberdade de movimento.
Nos ombros, a omoplata está disposta bem para trás num ângulo de aproximadamente 45 graus em relação ao chão.
Os músculos e ligamentos que sustentam o ombro à caixa torácica são firmes e bem desenvolvidos.
O dorso é recto e forte e a sua linha superior está nivelada da cernelha à garupa.
O lombo seco e firme, é mais estreito que a caixa torácica e ligeiramente esgalgado.
Quando vistas de frente, as pernas dianteiras são moderadamente espaçadas, paralelas e rectas, com os cotovelos junto ao corpo sem virar para dentro ou para fora.
Quando vistas de lado, os metacarpos são ligeiramente inclinados com as articulações dos metacarpos fortes contudo flexíveis.
A ossatura é substancial mas nunca pesada.
O comprimento da perna, é relativamente maior que a distância do cotovelo ao topo da cernelha. O pezunho é normalmente removido.
As pernas traseiras são moderadamente espaçadas e paralelas.
As sobrecoxas são musculosas, os joelhos bem angulados, as juntas dos jarretes bem definidas e baixas em relação ao solo.
Os pés de formato oval são de tamanho médio, compactos e peludos entre os dedos e as almofadas plantares.
Estas últimas são duras e bem acolchoadas.
A cauda inserida exactamente abaixo do nível da linha superior, é geralmente portada sobre o dorso numa graciosa curva de foice quando o cão está atento.
Quando portada para cima não deve enrolar nem ficar achatada contra o dorso.
É normal a cauda caída e pendente quando o cão está a trabalhar ou em repouso.
As sobrecoxas são musculadas, os joelhos bem angulados, as juntas dos jarretes bem definidas e baixas em relação ao solo.
Os pés têm uma forma oval e não são longos, tamanho médio, compactos e peludos entre os dedos e as almofadas plantares.
As almofadas plantares são duras e bem acolchoadas e os pés não viram para dentro ou para fora quando o cão estiver numa postura normal.
A cauda é peluda a lembrar as das raposas. Inserida exactamente abaixo do nível da linha superior, geralmente portada sobre o dorso numa graciosa curva de foice quando o cão está atento.
Quando portada para cima não deve enrolar nem ficar achatada contra o dorso.
É normal a cauda caída e pendente quando o cão está a trabalhar ou em repouso.
Saúde e Higiene -
Esta raça tem uma esperança média de vida que pode ultrapassar os 15 anos de idade, pelo que é considerada genericamente muito saudável.
Existe porém a hipótese de desenvolver problemas de visão (tais como cataratas e atrofia progressiva da retina) e displasia da anca.
O seu pêlo precisa ser escovado ocasionalmente e só deve ser aparado nos pés.
Estes cães necessitam de praticar diariamente exercício físico (entre uma a duas horas).
Adoram correr livremente e saltam com facilidade as vedações pouco altas, por isso há que tê-lo bem protegido.
Também apreciam o tempo frio e o ideal é que vivam fora de casa com acesso a uma área devidamente cercada.
Informação retirada de VIVAPETS
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1 comentário:
É a minha raça preferida...são lindos eles
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