terça-feira, 30 de junho de 2009

Gripe A (H1N1)




Designação
Os suinocultores temem um impacto negativo sobre as vendas de carne de porco. O governo egípcio ordenou, por causa da gripe, o sacrifício de todo o rebanho suíno daquele país (estimado em 300 mil cabeças).
Por isso propôs-se mudar o nome da doença de "gripe suína" para "gripe mexicana" (já que a doença surgiu no México) ou "gripe norte-americana" (já que teria surgido simultaneamente no México e no sul dos Estados Unidos), pois já se comprovou que o consumo de carne suína não transmite a doença.

O Brasil é o quarto maior exportador mundial de carne suína.
No final de 2008, tinha exportado 1,48 bilhão de dólares (pouco mais de três bilhões de reais) – um aumento de 20% em relação a 2007.
Em 28 de abril, a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), enviou à diretoria geral da Organização Mundial da Saúde, um pedido de mudança da denominação da gripe.

Em 30 de abril, a OMS passou a referir-se à doença como influenza A (H1N1), [31] e a comissária da Saúde da União Europeia, Androulla Vassiliou, em comunicado à imprensa, falou em "nova gripe".
"O vírus é cada vez mais humano e cada vez tem menos a ver com o animal", explicou Dick Thomson, porta-voz da instituição.

Surgimento
A pandemia se iniciou em La Gloria, distrito de Perote, a 10 quilômetros da criação de porcos das granjas Carroll, subsidiária da Smithfield Foods.
O paciente zero foi o menino de 4 anos Edgar Hernandes, provavelmente seu organismo foi plataforma para a alteração do vírus que se tornou “mais humano”.
Em dezembro do ano passado já havia sido constatada uma gripe desconhecida que se espalhava rapidamente.

Os moradores de La Gloria - muitos deles trabalhadores da Carroll - não têm duvida (o criatório de porcos produz 1 milhão de porcos por ano). Segundo as informações as fezes e urina dos animais são depositadas em tanques de oxidação a céu aberto onde nuvens de moscas sobrevoam.

As Quintas Carroll, que haviam sido expulsas dos EUA por danos ambientais, estableceram-se no México e, além de poluir os lençóis freáticos da região (uma vez que fica acima no terreno), utiliza antibióticos, hormonas antivirais e provocam alterações genéticas para aumentar a produção.
Essas medidas tornam os vírus cada vez mais resistentes e qualquer mutação que favoreça a contaminação em seres humanos terá (e está a ter) sérias consequências.

Pandemia
A OMS aumentou o nível de ameaça da gripe para seis, nível este considerado máximo na escala, indicando uma pandemia.
A directora geral da organização, Margaret Chan, que regressou de forma antecipada a Genebra depois de uma visita aos EUA para estar à frente do grupo de especialistas que estudam se há a necessidade de declarar uma emergência sanitária mundial. "Um novo vírus é o responsável por esses casos no México e nos EUA.
Estamos muito preocupados, é uma situação muito grave que deve ser vigiada muito de perto", disse ela. "A situação está evoluindo muito rapidamente e é imprevisível", acrescentou. Embora a organização ainda não tenha declarada a epidemia como um perigo mundial, Chan afirmou que "se trata claramente de um vírus animal transmitido ao homem, e isso tem um potencial pandémico, porque está infectando as pessoas".
No entanto, esclareceu que não é possível dizer por enquanto se haverá epidemia. Ela disse que o comitê de emergência da entidade, reunido em Genebra, "examinará uma série de questões e possivelmente emitirá recomendações temporárias" para resguardar a saúde pública, as quais podem ir desde conselhos para viagens a restrições comerciais.
Embora Chan tenha dito que não houve identificação de outros focos da doença fora do México e dos EUA, afirmou que a organização pediu a todos os países para que alertem imediatamente caso registrem casos anormais de pneumonia ou de gripe fora da estação habitual ou dos grupos que costumam ser mais afectados, como crianças e idosos.
Chan também desmentiu que muitos trabalhadores do sector de saúde tenham sido contaminados pela doença. "No México, há dois trabalhadores do sector de saúde que contraíram a doença, e os nossos especialistas estão a estudar, com as autoridades mexicanas, em que circunstâncias isso ocorreu", ressaltou.

O que mais preocupa à OMS e que a faz julgar que pode tornar-se uma enfermidade de risco pandémico, é que já houve casos em que o vírus foi transmitido de pessoa para pessoa. "Ainda é cedo para dizer se há uma relação" entre este vírus e o da gripe espanhola de 1918, que matou mais de 25 milhões de pessoas.
Entretanto, lembrou que "há semelhanças porque, assim como neste caso, os mais afectados são os adultos jovens com boa saúde".
Segundo um documento divulgado pela OMS, o perigo da epidemia mundial reside no facto de que "a maioria das pessoas, especialmente todos aqueles que não têm contacto regular com porcos, não estão imunizados frente aos vírus suínos". "Se um vírus suíno estabelece uma transmissão efectiva de humano a humano, pode causar uma pandemia de gripe, cujo impacto é difícil de prever", acrescenta.

Chan disse na entrevista colectiva que o vírus é sensível ao medicamento fosfato de oseltamivir (o mesmo que foi usado contra a gripe aviária), e assinalou que o México e os EUA têm reservas suficientes do medicamento.


Tarde demais

Os centros para controle e prevenção de doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) disseram ser tarde demais para conter a doença no país pela vacinação, tratando e isolando pessoas. "Há coisas que nós vemos que sugerem que a contaminação não é muito provável", ele disse. Ele declarou que os casos nos EUA e no México provavelmente são o mesmo vírus. "Até agora, os elementos genéticos que analisamos são os mesmos". Mas Besser disse que não está claro por que os vírus causaram tantas mortes no México, se esta é uma doença branda nos EUA.


Tratamentos
Pesquisas realizadas nos últimos dias têm mostrado que o vírus H1N1 é sensível aos compostos zanamivir (vendido com o nome comercial de Relenza) e oseltamivir (nome comercial: Tamiflu).
Tais medicamentos são usados também para combater outras variantes de vírus influenza.



Europa

Portugal: Em 28 de Abril houve suspeita de dois possíveis casos em viajantes provenientes do México, com sintomas gripais.
Já no dia 29 de Abril, outra suspeita foi apresentada como falsa.
No mesmo dia, ficou-se a saber que um militar que tinha viajado do Texas no início da mesma semana, está internado aguardando-se o resultado de análises laboratoriais.

Rússia: O governo russo inspecionará todos os passageiros que cheguem da América no Norte ao país.

Organizações

Organização Mundial da Saúde: A OMS disse estar preparada com "medidas rápidas de retenção", incluindo antivirais (se for necessário) para combater a epidemia. Porém afirmou que as autoridades médicas dos dois países têm os recursos necessários e estão "bem equipadas". Foi anunciado que ainda não há necessidade de emitir alertas para viagens contra partes do México ou dos EUA.

in www.wikipédia.pt

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