sábado, 25 de outubro de 2008

Coruja-das-torres




Coruja das Torres -
A coruja-das-torres (Tyto alba) é uma coruja da família dos titonídeos, também é conhecida pelos nomes de coruja-da-igreja, coruja-branca, coruja-católica e rasga-mortalha.
Habitam em diversos lugares do mundo, em geral, em todos os continentes excpeto a Antártica, gostam de lugares abertos e com climas que variam de temperados a tropicais.

Descrição

Medem de 29 a 44 cm quando adultas e seu peso varia de 250 a 700 g., as fêmeas são geralmente 25% maiores que os machos, podem viver até 10 anos em ambiente selvagem, a Coruja-das-torres mais velha conhecida vivia em cativeiro na Inglaterra e ja havia completado 25 anos quando deixou de por ovos.
É uma ave de médio porte, com cores castanho-claro e manchas pretas nas costas e parte de trás da cabeça, além de pequenas e finas manchas pretas ou marrom escuras espalhadas por todo o corpo excepto na parte interna das asas (parte "de baixo").
O seu peito, e toda parte inferior do corpo, tal como a área interna das asas são de cor branca, podendo também apresentar-se na cor branco-acinzentado ou branco amarelado.
A plumagem é suave e densa, com delicadas extremidades nas asas para abafar o som produzido pelas mesmas ao se moverem.
As asas são redondas nas bordas e tem curvatura bastante suave, medem em média 107 cm nos adultos.
Os grandes olhos frontais são cónicos como é comum num strigiforme e tem uma excelente visão diurna quanto noturna.
As linhas lacrimais seguem dos olhos até ao bico.
O bico tem a forma de um gancho para dilacerar carne.
O pescoço tem uma área de "giro" de 270° para compensar o facto de seus olhos serem imóveis, elas costumam balançar a cabeça da esquerda para a direita quando estão curiosas ou quando analisam o ambiente, porque assim elas aumentam a área que visualizam e podem visualizar as imagens tridimensionalmente.
A cauda é utilizada como estabilizador durante o bote.
As pernas longas e poderosas amortecem o impacto das aterrisagens e estão cobertas de penas brancas até o tarso, onde geralmente não há abundância de penas.
Os ouvidos assimétricos permitem localizar as presas no escuro pois sua capacidade auditiva lhe permite diferenciar o tempo que o som chega em cada ouvido, os grandes discos faciaias actuam como uma antena nesse complexo sistema auditivo, recolhendo sons o canalizando-os para os ouvidos.


[editar] Hábitos
É uma ave naturalmente noturna e frequêntemente apresenta alguma atividade crepuscular. Tyto Albas encontrados em atividade durante o dia estão geralmente famintos ou buscando alimento para sua ninhada, permanecem durante o dia em fendas em árvores, cavidades em rochedos, forros ou sótão de casas, torres de igreja, etc. Costumam banhar-se em poças d'água e pequenos córregos. Seu voo extremamente silencioso dá-se devido a sua adaptação a caças noturnas, sua aproximação não é identificada pela presa que é facilmente capturada. São encontradas solitárias ou aos pares, geralmente são sedentárias, não saindo de uma região depois de instaladas. A área de seus territórios compreendem um raio de 7,4 Km em média.


[editar] Voz
A sua vocalização é um grito rouco, que se assemelha ao ruído de tecido sendo rasgado[1]. Apresenta um piar agudo quando se fere ou machuca, que também é vocalizado repetidas vezes para o acasalamento[2]. Se surpreendida no seu esconderijo ou empoleirada, começa então a repetidas vezes reproduzir um som de estalar, chocando sua língua ao bico. As crias emitem um som de pedido como de um ressonar ruidoso[3].


[editar] Alimentação
As corujas-das-torres são animais noturnos altamente dotados para caçar pequenas aves, invertebrados, roedores, pequenos lagartos e anfíbios. A sua principal ferramenta de caça é a sua aguçada audição que lhes permite ouvir sons e definir a posição da presa na escuridão total. Voam baixo, assim elas escutam os movimentos de suas presas e identificar facilmente obstáculos próximos pelo eco de seu quase inaudivel bater de asas. A coruja posiciona as pernas para a frente e esticando as suas garras afiadas, posicionando 3 garras para frente e uma para trás para apanhar a sua presa, invertebrados elas costumam comer vivos e inteiros, enquanto que pequenos vertebrados são mortos por asfixia, apertando forte as garras contra o peito deles. Suas presas são geralmente engolidas inteiras, presas muito grandes são desmembradas ou então arrancando pequenos pedaços e comendo-os, também não é raro encontrar Tyto Albas que normalmente comam presas pequenas por partes ou arrancando pequenos pedaços antes de engolir o resto da presa de uma única vez, acredita-se que façam isso para saborear a carne e o sangue, aparentemente a bílis não lhe é desagradável apesar do forte odor, esse incomum hábito alimentar já foi identificado em alguns Tyto Alba em cativeiro possuídas por falcoeiros brasileiros. Cerca de 8 a 10 horas mais tarde elas regurgitam um única pelota de material que não conseguiu digerir, essa pelota úmida e preta (chamada de cast ou pellet em inglês) geralmente contém coisas como ossos, dentes, restos de carapaça de invertebrados, penas e pelos. Também é comum a Tyto Albas nunca beberem água, retirando todo o líquido de que necessitam da carne que consomem.


[editar] Reprodução
Quando as corujas-das-torres acasalam, tornam-se parceiros para a vida toda. Se reproduzem pelo menos 1 vez ao ano em qualquer época, definido apenas pela quantidade de comida disponível em seu território. O macho inicia a corte chamando a fêmea, ele faz um vôo de exibição, incluindo fortes batidas de asas. O par usa como ninho geralmente os mesmos locais que ja usavam anteriormente. A fêmea pôe os ovos em uma cavidade escura e incuba-os. Cada ovo é posto com 2 ou 3 dias de diferença para que choquem em tempos diferentes. Os progenitores estão sempre caçando em turnos, evitando deixar a prole sozinha, quando isso ocorre a chance de que seus filhotes sejam atacados por corvos ou outros predadores é grande. As crias mais velhas são alimentadas primeiro e por vezes as mais novas morrem de fome, as mais velhas comem então as suas irmãs já mortas, asseguramdo a sua sobrevivência. As Tyto Albas ganham peso até o quinto ou sexto mês de vida, quando começam a gradualmente perder peso e reduzir seu apetite, chegando então à fase adulta.


[editar] Habitat
Encontrada em praticamente todos os habitats, com preferência por matas esparsas. Habita em cavernas, telhados de celeiros, prédios e em torres de igrejas, de onde leva um de seus nomes mais populares. É uma das aves com maior distribuição no planeta. Habita todos os continentes com exceção da Antártida.


[editar] Subespécies
Figuram 35 subespécies no complexo T. alba:

T. a. alba
T. a. guttata
T. a. ernesti
T. a. affinis
T. a. schmitzi
T. a. gracilirostris
T. a. detorta
T. a. thomensis
T. a. hypermetra
T. a. erlangeri
T. a. stertens
T. a. javanica
T. a. sumbaensis
T. a. delicatula
T. a. meeki
T. a. crassirostris
T. a. interposita
T. a. lulu
T. a. pratincola
T. a. lucayana
T. a. furcata
T. a. glaucops
T. a. nigrescens
T. a. insularis
T. a. guatemalae
T. a. contempta
T. a. subandeana
T. a. hellmayri
T. a. bargei
T. a. tuidara
T. a. punctatissima
T. a. poensis
T. a. bondi
T. a. niveicauda
T. a. hauchecorni

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