quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Monólgo do Conde Iano


O texto que se segue é um monólogo que fiz no âmbito da disciplina de Português e relacionava-se com uma das temáticas do programa.

Como sou um idiota!!!
Como poderei matar a minha querida esposa que é a mulher que mais amo e que sempre vou amar para o resto da minha vida.
Nunca casarei com uma mulher que nunca vi em toda a minha vida, ainda por cima o povo diz que a Infanta só quer casar comigo po causa das minhas riquezas, terras e gado.
Também já me vieram dizer que a Infanta poderá fazer tudo o que ela quiser, até mesmo matar minha querida esposa, por isso NUNCA
casarei com alguém que só quer casar comigo por causa das minhas riquezas e da minha fama como cavaleiro.
Porquê casar com alguém que nunca vi? Mas matar a minha querida mulher nunca o FAREI! Porquê matar uma inocente? É um pecado que Deus nunca me vai perdoar, mas se não fizer El-Rei poderá matar-me por não ter cumprido a promessa que lhe fiz.
Mas certamente não tenho coragem de matar a mulher que amo, desde que me lembro de a conhecer, só sei que sinto um sentimento que me faz fazer coisas que nunca pensava sentir em toda a minha vida.
Por isso já sei o que vou fazer. Pedirei a Merlim, que é o feiticeiro da zona, que me faça uma poção à base de Amoras, Rosmaninho, Cidereira e Alfazema, entre outras ervas, e hoje, por volta da hora da ceia, Merlim transformar-se-à numa bonita criada de nome Filipa que vai pô-la no vinho de suas realezas, para adormecerem durante muito e muito tempo.
E assim foi, durante doze longos anos, o Conde, a Condessa e o filho de ambos viveram muito felizes. Quando El Rei e a aleivosa da Infanta acordaram, houve uma doença no reino que era muito estranha e provocava a morte depois de muitas semanas, ou até meses de sofrimento. Uma das primeiras mortes foi a da maldosa Infanta.
Passadas algumas semanas, o Conde Iano adoece com os mesmos sintomas e pede ao seu filho Vasco para ir a casa de Merlim, para ver se este lhe dava umas ervas que pudessem salvar a vida do Conde. Quando o filho do Conde chegou ao paço onde moravam já era tarde de mais, já seu pai jazia quase sem sentidos.
Quando estava prestes a partir para o o mundo dos mortos, dá uma carta à Condessa que continha os seguintes versos:

"Amor um mal, que mata e não se vê.
Que dias há na alma me tem posto um não sei quê que nasce não sei onde.
Vem não sei como, e dói não sei porquê"
"Quem disser que se pode amar alguém durante a vida inteira é porque mente!"


E assim o conde parte para o Reino dos Céus depois de muitos anos de sofrimento.
Primeiro estava dividido entre matar, ou não, a mulher, segundo pensou se o que fez à Infanta e ao Rei estava correcto e, finalmente, o grande sofrimento que passou depois de quatro meses de enfermidade.

3 comentários:

Anónimo disse...

bem escrito o texto eheheh

beijinho 88

Anunn disse...

Ta giro, parece daquelas histórias antigas, gostei da menção ao Merlin heheheh. =)

Nazione disse...

Tens jeito para este tipo de textos, continua! Quem sabe um dia destes a Joaninha não tem um livro editado =]